Antes pedir silencio a um pensamento
do que a um banco vazio.
Tudo o que ele ensina é esperar
até que alguém que passe o ouça.
A melhor forma de ouvir um banco
é ficar observando o tempo.
O tempo é como as garoas,
depois de uma chuva, e as pessoas
refletem-se em áureas,
na diversidade de suas cores
cada ser é um arco-íris.
E cada alma tem sua própria lua.
(E cada glória tem seu próprio tempo)
E cresce a sabedoria, em quem aprende observar
"Tudo o que vc conseguir ver
não e comum, e tem beleza rara!
O que se pode ver pode-se também amar
ou até mesmo, se esquecer (ou deixar ...se perder)
Como o sorriso forte de um engraxate
que passa falando sozinho,
fazendo contas.
Não se entendem o que é,
Alegria? Ou utopia?
Passam todos pelo mesmo caminho.
(A razão e a fé)
Ou o desatento poeta pela calçada
descansando em uma sombra.
A observar o mundo,
procurando um lugar
para os seus versos.
O banco vazio sabe sorrir
e sorrindo se cala, para o poeta sonhar.
Mas se compõem poemas
só com o silencio?
(Não)
Se compõem poemas
com sentimentos e lembranças evocadas!
O poeta revolve o ar procurando
lembranças vivas.
Amores que já passaram por ali,
para confrontarem com os amores seus.
Ninguém supera em essência
a flor de um poeta.
Nem a inocência do amor
que ele observa.
O poeta e o banco são bons compadres
proseiam muito sobre a vida de todos.
E se atormentam entre saudades
de cada pessoa que enxergam no meio do povo.
(Nem todos aceitam serem vistos)
Maurício passa pra lá é pra cá
como se, se perdesse a todo tempo.
E nunca se encontrasse em nenhum momento.
Quis escrever sobre o tal,
mas a alma que se fecha
quando encontrada já está no final,
o que escreverei? Indaga o poeta
O banco calado responde "Não sei!"
A inspiração é tão ousada como certa.
"Escrevi sobre o Maurício"
Versos de solidão...
Mesmo que ele quisesse não conseguiria
esconder o seu coração
do olhar de uma poesia.
Agora ele tem um amigo
(o banco da praça)
Que apresentou a ele
Helena (uma linda mulata)
que pediu a ele uma informação:
"Maurício porque tamanha solidão?"
Muitos amores começam a sim
com uma pergunta (?)
Um dia a noite eu ia na praça
compor versos no banquinho.
Lá estava Maurício e Helena
trocando carinhos.
O banquinho, sorriu malicioso
olhando pra mim.
Pedindo em segredo que me afastasse,
Ah meu amigo que senta nesse banco,
(se tu soubesse que ele fala)
Estragaria a melhor parte deste conto.
O Banco o Poeta e a Poesia.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Abaixo o link para o poema "Meu segredo de poeta (Prt:1) Me acompanha?"
http://lorisvaldolopes.blogspot.com.br/2015/10/meu-segredo-de-poeta-me-acompanha.html
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