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quinta-feira, 30 de junho de 2016

O Banco o Poeta e a Poesia.





Antes pedir silencio a um pensamento
do que a um banco vazio.

Tudo o que ele ensina é esperar
até que alguém que passe o ouça.

A melhor forma de ouvir um banco
é ficar observando o tempo.

O tempo é como as garoas,
depois de uma chuva, e as pessoas
refletem-se em áureas,
na diversidade de suas cores
cada ser é um arco-íris.
E cada alma tem sua própria lua.

(E cada glória tem seu próprio tempo) 

E cresce a sabedoria, em quem aprende  observar

"Tudo o que vc conseguir ver
não e comum, e tem beleza rara!
O que se pode ver pode-se também amar
ou até mesmo, se esquecer (ou deixar ...se perder)

Como o sorriso forte de um engraxate
que passa falando sozinho,
fazendo contas.
Não se entendem o que é,
Alegria? Ou utopia?
Passam todos pelo mesmo caminho.
(A razão e a fé)
 
Ou o desatento poeta pela calçada
descansando em uma sombra.
A observar o mundo,
procurando um lugar
para os seus versos.

O banco vazio sabe sorrir
e sorrindo se cala, para o poeta sonhar.
Mas se compõem poemas
só com o silencio?
(Não)
Se compõem poemas
com sentimentos e lembranças evocadas!

O poeta revolve o ar procurando
lembranças vivas.
Amores que já passaram por ali,
para confrontarem com os amores seus.

Ninguém supera em essência
a flor de um poeta.
Nem a inocência do amor
que ele observa.

O poeta e o banco são bons compadres
proseiam muito sobre a vida de todos.
E se atormentam entre saudades
de cada pessoa que enxergam no meio do povo.

(Nem todos aceitam serem vistos)
Maurício passa pra lá é pra cá
como se, se perdesse a todo tempo.
E nunca se encontrasse em nenhum momento.

Quis escrever sobre o tal,
mas a alma que se fecha
quando encontrada já está no final,
o que escreverei? Indaga o poeta

O banco calado responde "Não sei!"
A inspiração é tão ousada como certa.

"Escrevi sobre o Maurício"

          Versos de solidão...
Mesmo que ele quisesse não conseguiria
esconder o seu coração
do olhar de uma poesia.

Agora ele tem um amigo
(o banco da praça)
Que apresentou a ele
Helena (uma linda mulata)
que pediu a ele uma informação:

"Maurício porque tamanha solidão?"

Muitos amores começam a sim
com uma pergunta (?)

Um dia a noite eu ia na praça
compor versos no banquinho.
Lá estava Maurício e Helena
trocando carinhos.

O banquinho, sorriu malicioso
olhando pra mim. 
Pedindo em segredo que me afastasse,

Ah meu amigo que senta nesse banco,
(se tu soubesse que ele fala)
Estragaria a melhor parte deste conto.

O Banco o Poeta e a Poesia.



(Lourisvaldo Lopes da Silva)


Abaixo o link para o poema "Meu segredo de poeta (Prt:1) Me acompanha?"

 

http://lorisvaldolopes.blogspot.com.br/2015/10/meu-segredo-de-poeta-me-acompanha.html

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