Não existem velhos, de mães vivas.
Elas nos dão essa jovialidade!
E nós a recebemos meio que envaidecidos
e sem jeito com tamanho cuidado,
ora essa temos a certeza que já estamos
bem grandinhos, mais elas não pensam assim.
Até o último dia 12 passado eu fui criança,
apesar dos janeiros terem ultrapassado um pouquinho
a casa dos 40.
De lá pra cá os anos adormecidos se levantaram.
(na ausência das mães o tempo avança destemido
sem ter ninguém para confronta-lo)
Antes de perdê-la o meu instinto de jovialidade
se apoderou do meu instinto de sobrevivência.
A criança que existe dentro de mim se recusava
a deixa-la partir. Chorei muito por ela, me preparei
para doar o que fosse preciso em mim para salvar a vida dela.
Mais não teve jeito...
A graça de se sentir criança já não existe mais.
Me recordo quando menino dela me avisando;
Filho uma hora ou outra você vai ter que crescer
e aprender a se virar sozinho.
E, eu que jurava ter acontecido isso, quando completei 18 anos,
ou quando alcancei minha independência financeira,
Quando fui pai tive a certeza sou um homem feito.
Mas, a palavra sozinho quando dita por uma mãe
é diferente de ser dita por outra pessoa.
Hoje entendo o que ela queria dizer
Ela confessava com seu incompreendido
amor incondicional.
Que enquanto ela estivesse por aqui
eu jamais estaria o me sentiria sozinho.
Hoje estou sozinho
hoje eu me sinto sozinho mãe.
Deus a recompense por seu amor
e me fortaleça pra ser o homem forte
que a senhora sempre sonhou.
L.L.S
12/07/2019
#Yraci Lopes da Silva#
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