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quarta-feira, 12 de abril de 2017

(Romance) A saga do amor sem fim...

Caro leitor/ou amigo/a visitante sejam 
bem vindos ao Blogger SEMENTES LANÇADAS e a este Romance
"A saga do amor sem fim"
Observação a sequencia do mesmo
os temas e subtemas em negrito, sublinhado e itálico são as partes da
saga que já foram escritas e compartilhadas neste post
  
Índice: 

―A  Magna Carta―
― Um Casamento Real ―  
3°― A casa dos versos― 
"Versos de Alef ― I° Verso de Alef ― 2° Verso de Alef"―
4°―Um segredo deste Amor―
5°― A magia do Mar na Ilha Venusta ― 
― "O Orto Inebriante ― O Mar da Frente ― Navegantes Eternos"―
6° ―A pousada dos sonhos―
"I ― Sandălum o arquiteto ― II ―Perplexos (O Clero dos Nobres)―
III ― Um sonho antes da morte ―IV ― A POUSADA DOS SONHOS"―
7°―Nada será como antes―
―"I - Caminhos do coração― II - A flor de todos os encantos ―
―II - A Tamareira Silenciosa"―
 8° Sempre te amarei
 I Parte ― Um Eunuco mudo (Jura em segredo)
II Parte ― A nova descoberta ( O Pétreo Eternal) III Parte ― A gênese do Orto 
IV Parte ―  O véu do horizonte cai
V Parte ―  Nós sabemos o que queremos!
 9°― Porquê o Mar?―
Parte I― 3° Verso do ensejo poético "Estaremos" dos Navegantes Eternos
II Parte ― O grande Mar da Frente III Parte (Poema) ― O Mar da Frente
10°― Porquê nós dois?
I: Sem Saber o Sábio - II: A Camponesa Khímaira e seu castelo de pedra
III : Enredos de Khímaira  - IV: Porquê nós dois? - V: Cinco deuses remotos
VI: Escutamos os nossos pensamentos

"Continuações que ainda não foram compartilhadas;"

11°―A primeira aparição dos Navegantes Eternos ―
12°― O Homem e a Mulher que não conheceram a morte―
13°― Nunca mais fomos vistos―
14°― Nunca mais seremos esquecidos―
15°― Amor Imortal ―
16°― A saga sem fim―
17°―O Fim. (Desse Romance)―

INICIO

 1° 
―A  Magna Carta―

Uma carta magna foi regida
E logo após pelo reino todo
Ela foi decretada

(E sem hesitar) A ela me curvei,
e obedeci-a. E deste dia em diante
Ela começou a reger minha própria vida.

"Mas bom seria quê a obedecem, todos os povos."
No conteúdo dela, À grandeza da vida.

- Isso não existe! (Disse-me)
Desacreditado "um homem muito triste."

-Não consegues sequer vê-la!
-Como poderia então lê-la?

Uma ordem suprema quê guia todo o universo,
não se apresenta a desinteresses confessos.

Uma pequena multidão desfruta esse legado.
São  criticados, perseguidos e zombados (e algumas vezes)
São até mesmo enganados!

Porquê a essência dela pode ser notada, e tentam imita-la,
mas são fracas em existência...
E quando mais se precisa delas...Elas são apagadas.

Os súditos deste reino, permanecem mesmo sendo afligidos.
E às guerras só são amenizadas, quando eles se encontram,
― Dois sob o desejo de uma mesma causa ―

"Paraíso desejado das almas gêmeas,
a plenitude das raças, do sexo,
e dos instintos, Machos e Fêmeas
donos de seu próprio universo.

Quando eu avistei a minha,
não tive dúvidas!
(Olhares por aqui) são carregados de magia.

-Como se chama?
(ela me perguntou)
...Como a direi? (pensava eu)
Ti amo?
Nessa nova língua...?

Ela tomou a decisão sozinha,
Me chamou pôr um nome secreto,
quê me foi reservado por seu coração...

E ao dize-lo a carta magna,
foi glorificada, e pelos anjos aplaudidas.

Hoje no reino do amor
Quando almas gêmeas se casam
Reflete-se em todos a sua volta;

"Ainda há esperança para a vida...!"

Ainda existe amor,
batendo a nossa porta...

 
2° 
― Um Casamento Real ―

Logo após o casamento
fomos pra nossa nova casa...
Construída logo ali ―
...(Em um cantinho aconchegante do tempo)
"Aonde as horas nunca passam."

Levei-a em meus braços,
"Ora seria desonroso a um nobre romântico,
(de minha linhagem)
abrir mão de ter totalmente em seus braços
a mulher amada, à caminho de sua noite de núpcias      

― Os retos sabem caminhar sem embaraço!

Dito brado! Exclamei-o;
Tendo que desprezar "Presunçoso" um noviço esnobe
que insistia em nos servir pelo caminho...
Como se algo nos tivesse faltado, nos importunava ele
como se tivéssemos alguma incerteza, incoerente e perdulário
era assim que se apresentava diante de meu entender.

(Não sabia o tal, que seguindo a soberba
os homens se tornam verdadeiramente pobres  
e que ninguém se torna senhor de si mesmo
sem antes passar submisso
por um intenso discipulado de vida)

Repeli-o severamente;

― Vá-te ignóbil!!! ― Siga tua pretensa grandeza, e deixe nos sozinhos!

"O que menos precisávamos naquele momento
era de interferências alheias a nossa vontade de ficarmos sozinhos."   
 
Nessa mesma noite (adentrando as primeiras horas da madrugada)
sairíamos em viagem mas teríamos tempo de nos cortejarmos
como há tempos aguardávamos.

A nossa primeira noite de amor seria iniciada em nossa nova casa
(mas só de passagem)
As duas da manhã em ponto seguiríamos para nossa viagem
de lua de mel.

3° 
― A casa dos verso s―

Durante o dia, a ornamentação do interior da casa ficou sobre os cuidados
de Yasmin e Susi "Ás Jardineiras de Bogari o Cultivador."

E minhas inspirações neste dia foram muito além
tudo para agrada-la, tudo para fazê-la se sentir bem...

Eu fiz recomendações sugestivas ao Poeta Alef
(Ancião de muitos dias) mas foi o primeiro poeta desse reino
Todos os seus poemas eram muito bem lembrados
O Poeta Alef foi consagrado por todos como "O Poeta do Amor."
 
A ele deixei transparecer minha emoções,
para que interpretando-as escrevesse-nos alguns versos
que nos acompanhariam por toda a nossa vida.

Pedi a ele que escrevesse  na parede de frente com a porta
de entrada de nosso quarto um verso que à fizesse se sentir em mim...

"E na parede oposta, de frente a cabeceira de nossa cama
para lermos juntos quando  estivéssemos deitados
um verso que inspirasse um romance eterno
para nos inspirarmos todos os dias,
reconhecendo que somos nós que devemos dar continuação ao amor iniciado,
por todos os dias de nossas vidas
para que este nosso romance jamais chegasse ao fim."

E ele assim o fez...

Versos de Alef;
Nas paredes de nosso quarto estão escritos,
e se repetem pelo reflexo dos espelhos e de nossos olhares
Todos os dias são lidos e declarados
são versos que falam sobre tudo que sentimos
nos inspiram, nos renovam, e nos orientam como sábios conselhos!

Eles são estes;


I° Verso de Alef para o nosso amor

Meus olhos procuram-na, e eles, estão desesperados
Até que possas preenche-los, eu me sentirei sozinho
  Peça teus olhos que me busquem (amor) estou do teu lado
E, sempre vais me encontrar, desejada, esperando teus carinhos. 

...(Todos as noites nos deparamos com esse verso
e ele aproxima os nossos corpos. E juntos temos a mesma certeza
vamos reviver sem cessar por todos os dias de nossas vidas
a nossa primeira noite de amor)
 
"E, o segundo verso de Alef nos eternizava em sonhos
que se realizavam todas às manhãs."

II° Verso de Alef para as nossas vidas juntos

Deita-te ao meu lado amada, estaremos envolvidos
a noite toda. Conte-me mais bela, um dos teus desejos
e por ele nós dois sonharemos até que ele se realize.
Duas almas sonhando juntas, em uma janela do paraíso...
 

 ―Essa será a nossa sagrada rotina....
(sussurros sem máculas, eu suspirava em teus ouvidos)


4° 
―Um segredo deste Amor―

Ela é suave, e em agradecer, é amável
e me agradeceu dentro de seus melhores beijos, guardados.

Ela é tímida, e sem pressa de se entregar
a vi despindo a cortina do céu,
quando de seus cabelos desprendia o véu.
A primavera que cobria o seu corpo perfumado
se espalhou pelo chão do quarto...

Uma nuvem dádiva nos ocultou o clarão da lua
e uma brisa forte soltou das ombreiras das janelas, todas as cortinas,
e depois passou pelos candeeiros apagando suas chamas.

(Um segredo do meu Amor)
 Apenas eu, minha amada posso vê-la nua
Teu corpo é essência e meu desejo uma densa neblina
sejas minha, até mesmo em oculto. E protegida serás por quem ti ama.  

 Seu corpo silencioso confessa-me, o que sente...
Me abraça! Minha suave e pequena...
Que o mais forte amor, o teu abraço me traz...

(Uma das coisas na vida, que eu nunca compreendi
são as diversas facetas e sátiras do tempo,
quando é preciso que ele passe lentamente, ele voa...)

Já é chegada a hora de nos prepararmos
para seguir em nossa viagem de lua de mel...
Ao longe escutamos latidos de cães, que vão sendo acordados
pelo barulho da diligente carruagem que vai nos levar até o porto,
já estaremos em alto mar, na chegada da aurora. 


― A magia do Mar na Ilha Venusta ―

O mar estava tão calmo admirávamo-lo tão afável,
era tamanha a paz de suas aguas, quê sem que o notássemos  
(em sua sagacidade) ele reduzirá sutilmente toda a longa distância
que tínhamos de navegar até o destino, almejado...

Ele aparelhou os dias de uma semana tão unidos,
quê nos sentíamos ter navegado apenas um dia comum.
Um dia envolvente e intercalado pôr uma noite linda
regada por um céu imensamente estrelado e um grande luar.

Encontrávamo-nos divididos, por amarmos tudo a nossa volta
queríamos permanecer juntinhos em tudo.

O navio havia atracado, a Orla da ilha Venusta avistada por nossos olhares,
seduzia às nossas almas, nos dois nos sentíamos em um grande sonho de amor,
queríamos envelhecer juntos navegando pelo imenso oceano, e apaixonados.

Mas quando desembarcamos na Ilha Venusta,
desejamos que ele estivesse totalmente deserta
 e que nos dois fôssemos esquecidos nela,
então a povoaríamos com a perpetuidade
de nossas gerações, e seriamos (eu e ela) os progenitores
e cultivadores dessa imortal quimera.

Passamos também a acreditar em Atlântida,
e que poderíamos encontra-la, e desfrutaríamos juntos
nossa eternidade ao lado das suas lendas.

Tudo fazia parte de nossos sonhos e inspiravam as nossas fantasias de amor.

Queríamos nos preencher de todas às belezas,
quê conhecíamos, e até mesmo das quê ainda não conhecíamos.
Mas iremos conhecer e vivê-las todas!

Somos recém casados vindos de uma jornada ininterrupta vida de namorados.
E estamos há algum tempo caminhando lado a lado,
e acreditamos que vamos alcançar
a Utopia Mor de todos os poetas "a que eles chamam de amor eterno..."

(A magia do Mar na Ilha Venusta)
II Parte
― Orto Inebriante ―

― Dentro de....? ― no máximo cem anos está ilha tão viva
que a todos os olhares encanta, desaparecerá!

― Após dizer-nos isto (Sôfrega um triste suspiro)
― Desalentado, o nosso guia pela ilha,
como se ele estivesse falando de si mesmo .

Tentando fugir a qualquer, indagação nossa,
rapidamente se recompõe
e começa então a nos envolver e a nos encantar pela Ilha.

— Observem, a vossa direita, essas veredas quê se dividem
por várias direções formando tuneis coloridos!
 ― São às "Intimas Sendas" ― que percorrem,
sinuosas até a extrema parte sul da ilha.

― Cada qual (d'uma delas) quando atentamente percorridas, 
confessam os enlaçados amantes ao concluí-las
E, todos n'um mesmo ímpeto confirmam;
― "Tudo passa a ser melhor que antes"―

― Mas no fim de cada uma delas
todas elas se encontram em um mesmo lugar
só quê, em diferentes sensações, em quem as trilhou
 este lugar nos o chamamos e o conhecemos por;

― ORTO INEBRIANTE ―

― "Este lugar é um descampado plano
cercado pelas diversas chegadas coloridas, d'cada vereda
 e todas igualmente oferecendo sonhos ao oceano
― uma fenda, entre a fantasia e a realidade."

― Este nome foi deixado gravado em uma rocha,
que tem o formato de uma mão apontando
para o Mar da Frente.
 Pelos, Navegantes Eternos!..."

...Navegantes eternos?!?"
Eu e minha amada,
Olhamos nos juntos e igualmente curiosos
por querermos saber mais de toda essa fábula.

Mas antes que pudéssemos,
sufoca-lo com nossas admirações,
e duvidas ouvimo-lo exclamar;


― Estamos chegando na pousada!
(Desperta-nos ele) Nos arrancando bruscamente
daquela doce magia
da qual estávamos completamente envolvidos.

 E ao mesmo tempo nos confortou,
― Amanhã às seis da manhã, estarei aqui na porta da pousada,
para lhos acompanhar, ao primeiro reconhecimento da ilha.
― Nos demais dias de vossa hospedagem na ilha,
estarão familiarizados, e então poderão explora-la sozinhos.

(Dizendo ele, essa segunda parte
nos uniu mais ainda no desejo que sentíamos um pelo outro)

  ― Ela sorriu com malícia no olhar,
estávamos (nós dois)
adorando cada segundo de nossa viagem de lua de mel.

6° ⸺A pousada dos sonhos⸺ 
"-I : Sandălum o arquiteto - II : Perplexos (O Clero dos Nobres) -
- III : Um sonho antes da morte - IV -A POUSADA DOS SONHOS

Receptivos, recebiam-nos e nos diziam seus atuais proprietários
essa foi a história tão bem conservada, quanto a própria pousada;

I ― Sandălum o visionário, um famoso arquiteto do passado,
encontrou exílio nessa ilha, fugindo e temendo ter a sua paz ameaçada.

— Desenhou e projetou vários e alguns  dos mais importantes Palácios da historia,
Jardins suspensos e flores raras concluiam suas inspirações,
mas foi entre recâmaras secretas de sua alma
que desfrutou o ápice, encontrando o zircão de sua maior glória. 

II Perplexos (O Clero dos Nobres)

― Até que uma fabulosa magia transbordante em lendas,
ameaçava glorifica-lo "ele a temia"
Diziam os Perplexos (Clero dos Nobres)
Assim se nomearam estes, dizendo trazerem consigo a gratidão no espírito;

― quem é este, quê até mesmo os deuses,
caminham entre por entre às obras de suas mãos?
(diziam isso após supostas aparições de deuses amantes
que desciam a terra para se adorarem entre as suas criações)

―"Vamos glorifica-lo e para que não seja esquecido, traremos Bardos escultores
para esculpirem e honrarem-no com uma estátua com a sua imagem, e com
as histórias de suas obras!"

― Sandălum fugiu e nunca mais foi visto por eles,
(temia) que o louvor de seres mortais,
despertasse contra ele a fúria e o ciúme dos deuses imortais.
Se isolou para sempre em Venusta.

― Continue! Pedimos ao nosso anfitrião, querendo conhecer mais essa
sobre essa fantástica história.

Ele continuou então, muito satisfeito por nos encontrar
tão atentos...

III - Um sonho antes da morte

 ― No primeiro centenário de Venusta ele já estava aqui,
com às cãs volumosas e muito esbranquiçadas passava horas encarando o Mar da Frente,
— bem no lugar quê hoje chamamos de Orto inebriante,
diz a lenda quê um dia muito insatisfeito e se sentindo incompleto
ele se lançou do despenhadeiro, de encontro ao mar (que naquele dia)
estava bravio e furioso mesmo o céu estando em paz, ele não.

(Nessa parte) Nos entristecemos muito, antecipando nosso
ponto de vista dando um fim trágico aquela história.
Ainda assim ensejávamos por um final feliz a tudo,
que acontecerá e que sempre aconteceria nessa ilha.

-Mas não o interrompemos!...   

― Alguns aldeões correram rapidamente para ajuda-lo,
(mesmo tendo, estes, notado que não havia sido um acidente)
― mas foi inútil! ― ele havia desaparecido e estranhamente parecia,
que não havia chegado sequer ao mar.

― Algumas horas depois já tendo se espalhado o boato deste ocorrido,
um menino passeava na Orla prata da ilha (pequena praia de seu extremo leste)
― e ele avistou ao longe , o corpo inerme de Sandălum
recostado sobre o tronco morto de um Baobá, e até os dias de hoje
ela é conhecida como a Árvore do ensejo.

― Os moradores avisados, foram buscar pelo seu corpo,
mas ao chegarem bem próximo de seu corpo
perceberam que ele estava dormindo!

― (Houve então um temor generalizado que tomou conta de todos)

― Como poderia alguém sobreviver a uma queda livre
de mais de cem metros de altura sobre os rochedos quê eram muitos
 e pontiagudos aos pés daquele Orto!

― Ele acorda bruscamente, e conta a todos o que aconteceu.

"E que precisavam ajuda-lo a adornar a ilha, pois tinha pouco tempo para isso."


Uma de suas primeiras obras depois do seu delírio
é está que hoje vos recebe para vossa lua de mel.
― Por hoje é só! (Não quero tomar mais de vosso tempo)
― Vão conhecer a ilha, durante suas estadia e ela
mesmo completara o que está faltando a essa historia.

Dizendo-nos isto ele nos entregou a chave e a numeração de nosso quarto,
e abriu as portas da surpreendente e arrebatadora pousada, e disse-nos;
― Sintam-se a vontade, é nossa tradição cultural que os hospedes
se dirijam sozinhos até ao quarto!
(Para que possam apreciar a arquitetura que fluirá dos sonhos de
Sandălum o arquiteto e encontrem suas próprias conclusões acerca deste lugar)

― Ele nos disse isso não como querendo justificar,
ou que fosse uma falha no atendimento da mesma.

― Màs estava querendo nos entregar,
para que fôssemos recepcionadas por ela.

― Foi o que sentimos e encontramos,
(muito mais do que esperávamos estava se declarando diante dos nossos
olhares)

IV - A POUSADA DOS SONHOS


Tudo nela foi projetado
Para inspirar, o telhado azul
Faz parte do mar, presente no céu.

Às suítes são ilhas preservadas,
Vasos enormes planta vivas e flores raras,
uma grande cascata se encontra aos fundos,
 a poucos metros das janelas dos quartos,
o suave barulho de suas águas,
sugere-nos aproximação para falarmos
sempre juntinhos e aos pés dos nossos ouvidos.

A cama é igual a uma nuvem, perfeitamente moldada
imitando um coração ― É o nosso!
(sorriu e disse-me apaixonada) A mulher que amo.

Das aves mais belas vieram as mais macias plumas,
das ovelhas mais brancas a mais suave lã.

Venusta têm um manancial de águas quentes,
estas foram canalizadas para aquecer às águas do mais puro banho.
Minha amada, me convida
para vivermos intensamente cada momento deste sonho.
 A noite é um sol (Vermelho escuro)
aos pés da lareira "nossa primeira noite passamos
acordados, nada poderia ser mais perfeito
que estarmos ali, e juntos.  

Aves silvestres repousam sobre o batente da janela
Todas as manhãs e gorjeiam canções da vida;
― "Venham se despedir da aurora!..."
(Elas cantam)
― Nas manhãs de Venusta nascem às primaveras!..."
 (Elas nos encantam)

Logo ao tomarmos o café da manhã, ansiosos,
para reencontrarmos com o nosso guia!
Dessa vez, Alentado, ele nos esperava do lado de fora como
havia dito no dia anterior.

7° Nada será como antes
―I - Caminhos do coração― II - A flor de todos os encantos ―
―II - A Tamareira Silenciosa―

― Bom dia Senhor e Senhora imutáveis!
(Ele brinca, sem saber que também advinha)
― Espero que tenham passado bem a vossa noite!

―(Imutáveis?!?) Sorrimos em  nossos olhares,
ele acertará em cheio, um desejo e um segredo todo nosso.
Era isso o que mais queríamos na vida, que nada
mudasse jamais em nós. 

― Bom dia senhor Alentado!
(o saudamos no mesmo tom descontraído)

"Ele solta um rápido e desconfiado sorriso
Como se sentisse um breve desconforto diante de nossa sensibilidade."

― Bem como eu vos disse ontem,
hoje meu ultimo dia como vosso guia pela ilha.

― Como se aparentaram muito interessados ontem,
nesse primeiro passeio do dia vos acompanharei até
―a entrada das veredas coloridas ― portais das Intimas Sendas.
― e poderão percorrer o caminho escolhido até o Orto Inebriante.

― Apenas neste percurso não poderei acompanha-los,
mas estarei aqui em frente esperando-vos.

II - A flor de todos os encantos

― (Tudo perfeito!) concordamos.

E já de frente com as diversas entradas da Senda,
escolhemos um dos caminhos (mas não ao acaso)
"um que nos guiasse por dentro" quando de repente
uma pequena lebre havia nos encarado neste,   [o qual escolhemos]
e quando a notou que a enxergamos se voltou
calmamente como se nos convidasse a seguir por ele
e por ele então seguimos...

Há poucos metros do percurso ficamos admirados,
um flor de lótus dona de um pequeno lago, que parecia existir
apenas para ela  estava acabando de desabrochar
e bem diante dos nossos olhos, alcançou sua maturidade
e nos esbanjamos em sua plenitude tão bela.

― Essa vai nos acompanhar! ...cochichei a minha amada.

Ela têm o teu cheiro,
e nasceu para enfeitar os teus cabelos.
A flor dos encantos, se confirma nela
Sempre que a amo, torna se mais bela.

Uma flor nos cabelos,
e um perfume de olhar,
tua voz sacia o meu desejo
por teus beijos à encontrar

Rosas wichuranas entrelaçadas
fecham o túnel de cores
as sombras coloridas dos raios
do sol dão mais vida às suas flores.

Borboletas Apaturas
Brincam de arco-íris
Uma essência de Candura
nos envolve bem ali 

Uma saciedade sem fim
as nossas almas sentem.

II - A Tamareira Silenciosa

A pequena lebre parece conhecer
o que precisávamos descobrir
A pequena lebre brinca, de esconder

― Por coisas simples, minha amada
adoro vê-la sorrir!

― Uma clareira logo a frente!
(Ali vamos descansar um pouco)
Um Tamareira fingida, se faz de ausente

Mas deixa transparecer aos nossos olhos
uma pequena garrafa transparente
que em meio aos seus galhos
repletos de tâmaras ela balançava...

― Está vendo? ― O que será aquilo?
(A luz concordava aguçando nossa curiosidade)
― Vamos derruba-la pra ver o que é?

A Tamareira Silenciosa é sagaz
Tudo o que ela pensa ela faz...
E no que a confiam se agarra tenaz
(Eu sentia) Chegou a nossa hora querida

 De descobrirmos muito mais...


8° Sempre te amarei
 I Parte ― Um Eunuco mudo (Jura em segredo)
II Parte ― A nova descoberta ( O Pétreo Eternal) III Parte ― A gênese do Orto 
  IV Parte ―  O véu do horizonte cai
 V Parte ―  Nós sabemos o que queremos!

 
 
I Parte ― Um Eunuco mudo (Jura em segredo)

Um segredo fiel é um eunuco mudo
que tem sob os seus cuidados 
"Palavras virgens e protegidas. (Elas anseiam)
prontas e intactas para serem entregues
nos braços de seu prometido." 


― Não deixe que a encontrem! ("Lí em voz alta
essa advertência estava no cabeçalho do manuscrito
que encontramos dentro daquela garrafa)

Que fazia duras recomendações ao tempo, tratando-o
como um guardião da verdade e da realidade
depois se completava assim, a introdução aquele escrito;

― Proteja-a até que, aqueles que a procuram a encontrem...
(e logo após essa frase havia algumas pequenas gravuras
e nestas dava pra se compreender claramente um homem deita-se no chão 
(rasuras indicavam o que deveria ser a alfombra) 
Um outro casal (silhuetas) Homem e mulher entregaram-no
uma garrafa e sob a imagem dele abraçado a ela havia uma legenda
que dizia "EU JURO!" 
E, se encerrava com a figura dele se transformando
em Tamareira.

Nos encontramos muito emocionados com tudo aquilo,
a ideia de estarmos fazendo parte de algo muito maior e totalmente
mais forte que tudo o que conhecíamos e já tínhamos ouvido falar
 estava tomando conta de nós dois.

E, em nenhum momento sentimos medo
mas nos abraçávamos muito após cada descoberta
― E a frase ―
❤Sempre te Amarei❤
Já não precisa mais das ordens de nossas vontades
existia por si só, independente e mais forte que nós dois
procurando os beijos de nossas bocas.

8° Sempre te amarei

― 2 - A nova descoberta ( O Pétreo Eternal) 
 

 Nos voltamos a olhar para a Tamareira,
mas tudo o que conseguimos enxergar foi a imagem de um
moço sorridente que nos acenava como se estivesse nos pedindo
segredo, mas o conhecíamos o bilhete nos contou sobre ele,
ele sim, havia nos entregado fielmente o que fora entregue a ele
acariciando a pequena lebre que seguimos no inicio da trilha pela Senda
ele se dissipava diante dos nossos olhares,
dedicando-nos sinais de reverencia e votos de boa sorte.

 ― Vamos nos apressar querida! A convidei
para que juntos terminássemos de ler aquele manuscrito 
no Orto Inebriante e com a brisa do mar sonharmos 
sobre tudo o que estava acontecendo ali.

 Aura amena
O mar dormia
No Orto inicial
A paz serena
Inala utopias
Desejo imortal

Dois é o calculo
Para sempre e perfeito
Que desperta essa magia

― Chegamos!!! (Surpreendidos por essa frase)

Não foi nossa essa voz, tão contentada,

― "Nos não estamos sós!"
― estejas em mim sempre abraçada.

Disse-a com tanta certeza,
que seu abraço forte contra o meu corpo,
sussurrou o mar e Despertou o Orto.

Um par de vozes unidas ouvimos;
― BEM VINDOS AO PÉTREO ETERNAL―

8° Sempre te amarei
III Parte ― A gênese do Orto

"Assustados buscávamos encontrar de onde saíra
as vozes uníssonas que preenchia tudo a nossa volta."  
Por volta das noves horas da manhã, 
uma nuvem densamente branca (Repousava sobre o Orto)
e no mesmo momento, brumas enfumaçentas se aglomeravam
a cerca de uma milha no Mar da Frente 
e elas formavam colunas grande e navegando sobre as aguas
vieram de encontro a gigante pedra aparada do Orto Inebriante.

["A mulher que amo é frágil e bela como uma flor -
― (O que está acontecendo? ― Estou ficando com medo!)
― Tenha calma minha amada! ― Vai ficar tudo bem! 
―Eu estou aqui para protege-la!
...A mulher que amo se sente mais forte, encontrando-se com o meu amor."]

Essas colunas de brumas nos cercaram, e se uniram 
a nuvem branca que já nos acobertava pouco acima.
E um crepúsculo acontecia diante dos nossos olhares
no declínio da penumbra uma presença 
oculta 
de nossas almas se aproxima.

― Quem está ai!?! ― Viemos em paz! 
― Não tentem nada contra às nossas vidas!
― Ilumine-nos o caminho de volta, e prometemos 
não mais vos incomodar!  

"Contra o que não vemos e não conhecemos só poderemos
pedir, e as vezes termos uma única chance. Era o que eu pensava,
já arrependido de ter me aventurado por um mundo novo
para nós, e totalmente desconhecido. Eu só temia perder a minha amada,
não mais me importava com as lendas da Ilha Venusta, e dos segredos
da Tamareira Silenciosa.

Nada seria tão importante para mim, quanto ela é,
ama-la e protege-la por uma inteira era tudo o que eu queria

"E, se a nossa cobiça pela eternidade de um amor despertará a ira dos deuses?"

Eu tive todos estes medos; 
Medo, de que nos separassem um do outro,
Medo de quê, nos deixassem vivermos muito pouco.
Medo eu tive de morrer ali, 
e não alcançarmos juntos os nosso sonhos porvir.
Medo que me fez chorar
medo, que me fez jurar
e que me vez implorar...

― Por favor deixem nos viver! 
― Prometo por nossas vidas, 
de que tudo que vimos e encontramos aqui
iremos nos esquecer!

(Me recordo bem dessa frase que disse a ela
quando temia pelo pior)

― Por nada me solte querida, 
a vida nos uniu, e, se for para sermos separados
que seja apenas pela morte!

Logo após ao dizer-lhe isto ouvimos as vozes uníssonas;
― Nada se encerra neste lugar ―
―Não tenham medo ―
― Tudo que desejaram já está a se iniciar ―

Sendo assim fomos então reconfortados, 
ainda mais sabendo 
que somente o que desejamos iria acontecer,
e isso nos acendeu um ardor intenso e tenaz.
E muito feliz ousei-me por curiosidade conhece-los/as
os senhores/as daquelas vozes 
cujos/as corpos ainda eram ocultos aos nossos olhos
― Quem são vocês? ― E porque não conseguimos vê-los?
A resposta que tivemos nos estarreceu de gozo e felicidade
até esse dia então nós não sabíamos
praticamente nada sobre a origem de todas as coisas
e hoje podemos dizer que estivemos com ela, 
 (estivemos dentro dela)
Assim me respondeu as vozes uníssonas;

― Não há vós em mim, e não há nada sem mim! ―
― Eu sou Aurora ―
― Uma centelha do tudo, e do longevo incerto, o renovo a ser despertado ―

Dizendo isso se ausentava mas não como os distantes,
mas como a certeza que nos faltava,
Seremos eternos amantes 
No Orto Inebriante nossa eternidade iniciava.

E, dessa vez a sua voz ecoou por dentro de nós
nós nos sentíamos parte dela...
Desde o principio de nosso amor
nunca estivemos sós...
 O meu coração estava se fundindo ao de minha amada
a nossa transformação
  estava sendo iniciada...

8° Sempre te Amarei
  IV Parte ―  O véu do horizonte cai 
 Logo após sermos acalentados, nos víamos convictos!
   Estávamos um no outro e isso minguem jamais mudaria em nós.

― Olhe meu amor a nuvem está se despedindo!
Ela me convidou a observarmos o céu
(e ao som de sua voz eu sempre me entrego)
 Sou por ela uma brisa serena, desbravando o léu.

"Admirados com a expressão viva da natureza
observamos a nuvem sendo guardada dentro do azul do celestial
  e sua ultima aparência foi à de um rosto amigo 
que se despedia com extrema bondade e gentileza.

― Olhe querida as brumas se curvam e se afastam!
Ouvir falar sobre magia, são contos belos envolventes e inacreditáveis 
Mas vivencia-las como partes de sua vida e de sua nova casa
será quase que impossível narra-las. 
Hoje eu entendo o fascínio dos poetas pelos simbolismos comparáveis. 

Se hoje eu dissesse ao mundo;
― Mundo! ― O céu acima de vossas cabeças
― são uniões de incontáveis cortinas?
O mundo inteiro me responderia;
― Creias somente tu, poeta ― "homem louco!"
― deixe-nos em paz e segue disparatado a tua sina.

E, se eu fosse ainda mais longe?
E dissesse ao mundo;

— Que em cada janela daquela lá em cima 
tem um casal de anjos nos observando? 
―E que a saga da vida continua após o horizonte?

Mesmo que me rejeitassem eu insistiria
em acreditar e a reunir alados para este mundo.
E deste nunca me cansaria de falar
Porque no dia que nasceu o primeiro louco
Nasceu também a primeira poesia.
(E, quando todos eles se forem, não existirá nada de bom por aqui
mas haverá em abundância ali )

― Ela está feliz ao meu lado
aquela que amo' - estamos ambos.
Assistindo o céu de tons azulados
e o mar que parece estar sonhando.

Começamos a ler o manuscrito 
encontrado na Tamareira Silenciosa
em alta voz o líamos, nos ouvir sempre nos foi
a forma de ler mais bonita que encontramos.

O manuscrito era extenso, 
e suas letras eram bem pequenas
Alternávamos, entre a minha voz segura
e a voz dela, sempre meiga e serena
mais uma vez fomos tomados
pelas Áureas de Candura
 "Um jubilo no céu" ― uma voz de mulher, a ouvimos cantar
mas queríamos vê-la acima, mas só conseguimos
enxerga-la no reflexo do mar ―

Foi em sua superfície, 
que nos conseguimos ver esse segredo 
O Horizonte se despiu
mesmo sabendo que estava sendo observado.
E essa mulher?... ― Quem será ela? (Nos perguntamos)
Ela estava se preparando para fazer uma viagem,
"e cá entre nós" dizíamos abraçados;
― Ela tem o olhar da lua e o sorriso do sol em seu rosto,
e a canção que sussurra parece estar afagando o mar.

"Olhei bem fixamente nos olhos de minha amada e disse-a;
― Estou muito feliz em tê-la comigo, e assim coma ela se encontra
(dizia-lhe acerca da felicidade daquela mulher)
― quero ver-te todos os dias ao meu lado!
 Mais alguns instantes e um homem se junta a ela,
e eles estão eufóricos e muito apaixonados 
(suspiramos pelo nosso amor) "nesse mesmo momento
os dois parecem terem nos enxergado"
E acenam para nós dizendo palavras, 
que não conseguíamos ouvir
mas tínhamos a certeza que eram palavras belas.
Acenam uma última vez se despedindo, 
a bela mulher acima
estende os braços e fecha a cortina,
apressamos o olhar para o céu,
e nos desmanchamos em risos
tudo era muito lindo
e estávamos ali.
 
Já era por volta do meio dia, julgamos que fosse
nossas sombras descansavam bem abaixo de nossos pés.

―  Nossa! (nos lembramos do nosso guia)
― Será que ele ainda estará lá nos esperando?

Refazemos o caminho de volta,
mas sem termos muita pressa
Porque a vida se refaz pelos bons caminhos
"Sempre tratamos de deixar por onde passamos
todas as portas, sempre abertas."

8° Sempre te Amarei 
V Parte ―  Nós sabemos o que queremos!

Toda a beleza da Senda estava ali,
só que dessa vez reagia diferente
não estávamos apenas passando...
― Nós estamos aqui!
"Convicção um sentimento ardente."

A Senda tornou-se íntima a nós dois
e para cada lembrança nossa um nova surpresa
Novamente passando
pelo túnel das Rosas wichuranas
fomos surpreendidos
uma multidão de Borboletas Apaturas
se uniram e escreveram-nos essa frase
  sobre um elevado plano de uma rocha;

Nós sabemos o que queremos! 
E como se nos perguntassem o mesmo tinha abaixo
formado pelas borboletas menores 
um ponto interrogação [?]
como se quisessem conhecer a nossa convicção 
interpretamos o como se quisessem nos dizer  "[E vocês?]"

―  Nós também sabemos ―
 Fomos explícitos ao concordar com o que sentíamos
mas fizemos muito mais
nos aproximamos do elevado de rocha
e as borboletas não se incomodaram com a nossa proximidade
quando entenderam o que iríamos fazer
nos ajudaram, unimos nossas mãos e começamos
a tracejar a nossa resposta a convicção delas 
e elas iam se posicionando formando-a
numa aquarela mágica de cores
a nossa afirmação;

[Nós somos tudo aquilo que desejamos ter]
...


9°― Porquê o Mar?
Parte I―
 3° Verso do ensejo poético "Estaremos" dos Navegantes Eternos
II Parte ― O grande Mar da Frente
III Parte (Poema) ― O Mar da Frente


Parte I― 3° Verso do ensejo poético "Estaremos" dos Navegantes Eternos
 
 Alentado o nosso guia, nos esperava como havíamos combinados 
― Desculpe-nos pela longa espera caro amigo!
Ele sorria meneando a cabeça e dizendo-nos;
― Aconteceu não foi? 
(ficamos desconcertados) 

Mas 
sabíamos ser impossível conter nosso brilho de felicidade
estampado como o sol no céu e a lua no mar
ele estava radiante em nosso olhar.
D'agora em diante Alentado também se tornou uma
agradável e imiscua companhia. 

(Nossa vontade mesmo era repetir o que aconteceu
ali no Orto por tantas vezes, até que o mundo inteiro
pudesse conhecer a essa historia sem fim)

― Aconteceu o quê caro amigo? 
(disse a ele em tom bem amigável, para que se sentisse a vontade
para nos fazer perguntas)
Mas ele parecia saber de tudo, erguendo o relógio de bolso 
que trazia consigo, sorria e dizia-nos;

― Me pediste desculpa pela longa espera, mas só se passaram 
exactas meia hora nobre cavalheiro!
― Mas não se preocupe isso é apenas um pequeno detalhe  
mediante a longevidade que tens diante de vós
de agora em diante.

"Depois de algum tempo descobrimos
que foi escrita na ilha Venusta uma poesia
 por um dos Navegantes Eternos
e muitos dos anciões insistiam em confirma-la
como uma profecia.
Um de seus versos
é este;

3° Verso do ensejo poético "Estaremos"
 dos Navegantes Eternos

Aurora trará pra mim
n'uma manhã inteira
e dentro da metade d'uma hora,
 um convite da eternidade,
 E juntos minha amada 
diremos sim...

A poesia continua, e coincide
verso após verso e rima após rima
com tudo que nos envolve
e rapidamente se aproxima.

9°― Porquê o Mar?
II Parte ― O grande Mar da Frente

Já consciente que estávamos e fazíamos
parte de uma trama mirabulosa e fantástica
regida e tecida por uma vontade superior a tudo
neste mundo. Nos propomos a vive-la naturalmente
e assim aprendermos mais sobre o nosso perene destino
me dirigi então Fraterno ao nosso guia pedindo-o;

― Alento farei-lhe dois pedidos 
para essa morosa manhã ensolarada.
― Leve-nos a algum lugar, onde a orla do mar seja extensa
chegando lá caminhe conosco bondoso amigo,
e enquanto caminhamos peço-te
satisfaça algumas de nossas curiosidades,
conte nos mais sobre esse lugar!

"Fora gentil e atencioso por todo o caminho,
e já de antemão nos anunciará;
― Vou leva-los ao Grande Mar da Frente!
Mas não me façam perguntas acerca dele agora,
há muitos enredos pelo caminho até chegarmos a ele,
e gostaria de tê-los bem atentos a tudo."


III Parte (Poema) ― O Mar da Frente

Ao Mar das cores celestiais
Se lança! Ó senhor dos horizontes 
os elevados se perderam, em teu amplo!
Demonstra-nos teu reflexo, Divinal

Na longínqua tênue ....argúcias:
"Buscávamos, nós ao conhece-lo" 
  Ó mar da frente, queríamos sabê-lo
Mas noss'alma lampeja ilúcida

São tremores na carne,
As tuas potentes ondas.
O teu abismo traga-nos a sombra
E teu leito desconhecido, abres

Então desaparecemos de nós mesmos
Parece não perceber, aquele que nos levava
Diferentes quimeras, tudo o que nos separava,
Arrebatada noss'alma, conheceu teus segredos

O mar da frente nos esconde
Como filhos embalados em teu ventre
Somos frutos de tua natureza, vertente
"O mar da frente então nos responde;

― O sol é um brilho aqui embaixo
e a noite é densa em cor, mas tão leve quanto a alva.
(A voz que ouvimos é excelsa e calma,
Mas soa ao estridente dos lugares mais altos)

Dizia-nos ele;
― Cobrirei toda a terra!
Pedimos então a ele;
― Poupe os campos mais lindos
deixe ao menos viver a primavera!

Um encargo explicito brada;
― Se ela for mantida cultivada,
até o dia em que houver nestes campos vida.
― A vida então será poupada!

Muito mais ele nos disse,
E tudo aplicaremos ao tempo
"A eternidade de um legado só sobrevive
deixando provas e seus exemplos."

O quê aconteceu?
― Aqui fora nada!
Nosso guia nos descreveu
— Estiveram com o mar da frente,
à portas fechadas.


10°― Porquê nós dois?
I: Sem Saber o Sábio - II: A Camponesa Khímaira e seu castelo de pedra
III : Enredos de Khímaira  - IV: Porquê nós dois? - V: Cinco deuses remotos
VI: Escutamos os nossos pensamentos

I; Sem Saber o Sábio...
  
No caminho das dúvidas,
há uma trilha de reflexões entre as rochas.
Orélias vermelhas, e suas grandes rosas
Até adiante, Sem Saber (Um sábio) nos ajuda:  

― "Nem todos sabem desse segredo!"
Sempre Sabe (Um sábio) o que diz
Aponta-nos um equilíbrio de rochas, 
Conhecido lugar, Pôr Um Triz 
― Um lugar de provas, por ali conheceram o medo!
A sabedoria dos antigos sempre nos renova.

"O que mais temeremos nós, minha amada?"
― Nada! ― Iremos então por ali...!
Só se descobre quem é sábio em suas obras porvir,
E pelo caminho, à dois, ambos serão um, 
na continua  jornada.

Uma cidade plana (Na antiga) pedra gigante
Sustentada por uma lança, esculpida em outra pedra; 
― Incrível! Admiramos tal amplitude, a magia.
Passar por este caminho, deixa-nos ofegantes,

Umas aproximadas cem jardas
E nós passamos por debaixo de suas sombras
Por mais que caminhamos, parece-nos que a cidade anda.
Um escrito talhado dizia; Está é a minha casa!

II A camponesa Khímaira e seu castelo de pedra

— O que mais nos espera? (Sonhamos)
―Venusta ilha quimera! 
― Aonde nos encontramos!?!

Um som de asas fortes se aproxima,
caminhando no ar como se fôssemos-nós
Dessa terra firme a parte de cima
E não a de baixo,
Uma camponesa oferece-nos a sua voz;

― Venham ver a ilha e o mar daqui deste alto!

Montados nas cores, de sua borboleta
Cintilante, do chão firme
nos ausentávamos, plenos e livres
do antigo mundo que existia em nossas cabeças.

Os poetas deveriam conhecer este lugar,
e aprenderem a caminhar por este universo
Existe vida na terra, no céu e um novo mundo suspenso no ar
― Eia! ― Vamo-nos! (começamos a nos elevar)
― Prestem atenção a estes Versos;
Khímaira nos declamava estes;

III : Enredos de Khímaira

  No lagar malhava sozinha
Uvas maduras espremidas, mosto
Tens bebido? Jovem moço?
O fervor se concentrava, 

Vistes a camponesa perdida nos campos?
Se a virdes, a amo, ela é minha...
Vestido roto encontrei-lho em um canto
Chamei por ela, até morrerem as vinhas
Olhando pro céu eu cantava;

Amo-te! Amo-te!
Mas ele desistiu de me encontrar
Sozinha ele me encontraria
 Se fosse até o último lagar,

Mas ele se foi sem mim
 "Amaldiçoei a sua pressa!"
 Em Venusta nada têm fim
 Ele jurou-me, de um dia voltar.

 Um bilhete em apontada lança
Dizia; "Este é o meu lugar!"
Mas o tempo foi meu escultor

A natureza, filha minha, inda uma criança
Prendeste-te meu coração a este afagar!
Até que possas vê-lo voltar,
por este amor vigio o mar.

Tão belo! Tão belo! Ele se foi...
Vês a força com que o amo?
Tão bela! Tão bela!
Khímaira, e sua linda quimera.

― Ei-lo chegamos!
(A Suspenso)
Nome que damos a este castelo
esculpido nas pedras.

Ele é tão lindo! Belo
Ela é tão linda! Bela.

Ela logo nos aconselha;

Façam qualquer pergunta que quiserem,
aqui descobrirão a resposta.

IV: Porquê nós dois?

Tudo estava muito grande
a nossa volta. Recém casados
Prestes a embarcar aos lugares mais distantes.

Dali víamos Venusta deitada
em sono profundo na flor do mar
Víamos abaixo o firmamento
E as luzes acima foram apagadas.

Nossos olhos se fecharam,
temíamos não estarmos a altura,
Todos o sons do mundo calaram,
encontramo-lo a nossa procura

Porquê os dois?
Ouvíamos apenas nos dois
a resposta. A camponesa
alimentava seu amor,
Seguida por Cintilante
sem perceberem o que acontecia a sua volta

Do trovão fez-se uma voz
E do som uma aquietação
Chegava aos nossos ouvidos;

- V: Cinco deuses remotos

Três dos deuses vindouros
e dois dos deuses d'outroras chegaram juntos,

― Anseio (deus cuidador dos sonhos)
 ― Esperança (divindade longânima)
 ― Presente (deus dos únicos momentos certos)
 ― Passado (guardião da história)
― Destino (o senhor das futuras glórias)

Eles existem! Nos cercam, nos respondem
 (Anseio) ― Conseguiram despertar o que sonharam.
(Esperança) ― Conseguiram alcançar o que desejaram.
(Presente) ― Conquistaram a intensa plenitude dos momentos
 (Passado) ― Se prometeram um ao outro mesmo antes de se conhecerem.
(Destino) ― Conquistarão a eternidade, eu vos conheci no futuro.

Os cinco se juntam em um
E desaparecem dentro de nós dois
e a partir daí sentíamos nós
sermos um só.

VI: Os nossos pensamentos em um mesmo lugar

  Milhões de perguntas vinham
em nossas cabeças, e escutávamos
o que o outro pensava.

Nossa terra natal?
nossos parentes e amigos?
E nossa antiga vida?
E filhos? Teríamos quantos?
Seria possível tê-los?
Seria possível não tê-los?

 Olhamo-nos, estávamos confiante,
quanto a tudo. Agora poderíamos nos comunicar
Até mesmo entre silêncios mudos. 

 Pedi um abraço a ela
e ela pediu-me um beijo meu.
Sem o mover de teus lábios
ouvia os pedidos dela,
e ela ouvia claramente
os pensamentos meu.

Fomos interrompidos pela Camponesa;

― Sem querer incomoda-los! ― Vejam estão vindo!
― São eles os Navegantes eternos!

(Em pensamento) Nos comunicamos
― Olhe minha amada, a grande nau a flutuar nos ventos!

A Camponesa nos repetiu o que disse acompanhado
de um pergunta;
― Vocês me ouviram?

(Rimos deste nosso segredo)
Devíamos urgente aprender que para nos ouvirem
aqueles a nossa volta, ainda dependeriam
do som de nossas vozes.

― Sim ouvimos quem são estes?
― Navegantes Eternos?


Próximas continuações
11°⸻ A primeira aparição dos Navegantes Eternos ⸻


"Amor sem fim" o excelso desejo dos corações românticos.
  
L.L.S 

CONVITE:

Sagas de um Poeta

Todo poeta têm;
Sua cabana de sonhos
aos pés d'uma colina

E um castelo imaginário
Cercado por um belo lago
de águas cristalinas
Poetas são seres lendários 
Jardineiros de todas as primaveras
E semeadores de incontáveis quimeras.

Autor: L.L.S

....
VOCÊ ESTÁ CONVIDADO A EMBARCAR COMIGO
NAS AGUAS TRANQUILAS DE BELAS E DESEJADAS UTOPIAS

Grato a todos pela agradável companhia  abraços.

O Autor.

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