Uma imagem assustadora foi encontrada!

Poucos foram os quê se ousaram à encara-la.

Dizem que ela é capaz de arrebatar  almas,

(tendo a minha de volta) lhos direis, verdades intactas...

Então fechem seus olhos imaginários amigos,

Pois o conhecimento de tal medo, endoidece.

Te direi que somos vitimas de falsos abismos.

O inexplorável estranhamente nos empobrece. 

Foi assim...

A impressão de voar surgiu diante da demora

 Estava caindo e a profundidade parecia não ter fim

Como encerraria aquela noite sem a bendita aurora?

Estarrecedor o que eu via, disformes partes de mim...

Observando a terra lentamente se aproximar,

Uma incandescência confusa de versos me consumia

(Serei desmentido quando a todos a verdade falar)

Conforta-me deus; "Seus olhos percebem o que antes não via."

Aproximem-se! Os que quiserem desistir 

afastem-se agora! Aquilo que nos encanta

também pode desfazer toda magia a nossa volta.

A imagem era volumosa em desafios

Notava-se um bardo (metade dele não era)

E a outra metade dele se deleitava no vazio.

A escuridão saltava de dentro dos anjos, 

e a única luz insurgente perseguia uma quimera.

UM CORTEJO MACABRO CANTAROLAVA;

Um buquê de pontiagudas adagas vermelhas!

RESPONDIAM OS QUE OFUSCAVAM O LUZEIRO;

"Para uma noiva distinta, porém amaldiçoada!"

A imagem que procuro explicar, insiste em ser insana e bela.

Fui encontrada por uma razão não venerada,

Dou graças por essa nebulosa em primavera

Tentem compreende-la antes que seja apagada.

 L.L.S

DECIFRE (poemas)