Nada há nada quê eu, possa escrever,
se me prendes as duas mãos.
-a manhã -a tarde -e o anoitecer,
proíbe-me essa solidão.
se me prendes as duas mãos.
-a manhã -a tarde -e o anoitecer,
proíbe-me essa solidão.
Pois correstes livre,
em minha direção.
E quando partistes
ataste-me as mãos.
em minha direção.
E quando partistes
ataste-me as mãos.
Sobre qual pele hei de escrever?
Se rompestes em distância essa linha...
O papel que me oferece você,
Se rompestes em distância essa linha...
O papel que me oferece você,
não será o mesmo, ainda quê seja uma poesia.
Estarão retidas as entrelinhas,
-a saudade -a vontade -e o amor,
Destas páginas não minhas,
colham-nas todos de minha flor.
-a saudade -a vontade -e o amor,
Destas páginas não minhas,
colham-nas todos de minha flor.
A mão se afaga,
carente pela sua,
o sol jaz sem suas brasas,
eu a desvendo
Descrevendo-na como lua.
carente pela sua,
o sol jaz sem suas brasas,
eu a desvendo
Descrevendo-na como lua.
Minha lua.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
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