As manhãs emanadas contemplam
O sol se levantar -escalando o céu.
Meu afã silenciado, é intermitente
aragens de uma manhã entristecida.
Que poucas vezes se respirou por aqui
folhas amareladas que choravam muito.
Estavam sendo levadas, por ai
eu -pensei ter vencido, mas estavas ali
-indo junto!
No frio de uma madrugada minha
os orvalhos escorriam em minhas flores.
Como amante em luto, eu choro por minha rainha
e trouxe para o claro as minhas dores.
Vês aí! "Não há sangue em minha alma
e o ar de meus pulmões não tem cor."
São as flores destes campos a nossa cama
o sussurrar de um coração por sua dama (seu amor)
Minha mãe é aquela estrela maior no céu
e todo o ar a minha volta faz parte de mim
Nas noites de lua podem escutar,
os meus versos de cordel
Consigo amar o mundo a minha volta,
mas não consigo partir.
-Com o calor crescente de um dia extenso
induzida a se tornar em dor essa minha saudade.
Se eu pudesse atravessar ainda hoje, esse silencio
...Seguiria o ar, por onde for antes que seja tarde.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
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