"Desconheço-me quem sou!"
Poucos espelhos refletiam-me
cuja sombra alheia, de minha vontade
em meus pensamentos se perdiam
receios buscavam-me a claridade.
As aguas turvas de um lago calmo,
me assistiam esmaecer.
Refletiam em tons cândidos e alvos
a minha chegada ao anoitecer.
Os ostros espessos cobriam minhas flores,
e as minhas duvidas, distintas em teu olhar
Quem sou? Ou o que sou?A púrpura sem cores?
"Apenas em teus olhos quisera"
...eu -me encontrar!
Mas não me vistes -assim -à luz
de um eclipse passageiro
a despir-te auroras...
Então fugi diante, de uma busca
que me seguia por todos os lados...
Há minha volta, olhares e respostas
mas as perguntas mudaram a rota.
O que de mim mesmo tenho eu encontrado?
Seja único...Só assim seremos desconhecidos
E encontrados todos os dias...Juntos
distantes -amigos -diferentes -e parecidos.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
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