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sábado, 6 de agosto de 2016

O erro foi meu


Ela pedia-me momentos d'carinhos
E apenas me deleitava em seu corpo.
Pedia-me que a ouvisse
e meus olhos se desviavam mudos.
Dois corpos vazios, sozinhos
Q'amor é este que não ultrapassa o rosto?
Que não mergulha em olhares tristes?
Cujos corações não se encontraram quando juntos

Ela me pedia doces em lábios cerrados
e sonhava com flores em desejos calados.
Rosas coloridas, Brancas, Vermelhas, Amarelas
Eu pensava em tudo! (menos ...nas vontades dela)

Sabia a data de aniversário d'meus melhores amigos
"Todos os dias de jogos  do meu time!" 
E não me sentia suficiente apenas com ela
(Mas estava perdendo o brilho de teu sorriso)
Quando não se dá valor se sente livre...
E em um dia se acorda sozinho, 
E a realidade derruba a voraz quimera.

Liberdade amaldiçoada 
Maldita mil vezes seja a minha escolha.
De cortejar a estranha
que se dizia apaixonada!
Homem vil seca-se como folha
E não consegue escalar a montanha...

Para ver o sol se por acanhado
no olhar de sua amada.
Ou a luz da lua que despia o seu corpo
Se eu pudesse voltar ao passado.
Para surpreende-la calada
(mas ela se foi e me sinto morto)

Com flores ressequidas nas mãos
que rejeitei entregar a outra...
Pior que medonha saudade 
(é essa minha solidão)
D'uma insanidade louca
Mas agora é tarde.

Ela já tem outro amor.


(Lourisvaldo Lopes da Silva)

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