Relembro-me infante (sem trono)
Pequenas glórias d'tempos em tempos vind'ouros
As noites brilhantes não tinham donos
E as falenas simplórias, indicavam tesouros
Vaga-lumes carregavam estrelas no olhar
Quando o céu se enegrecia
Vislumbres petizes em telas pintavam o luar
Inspirações ao léu, o universo nos concedia
Tínhamos naves imaginarias
Galáxias escapavam de dentro pra fora
Subíamos como as aves lendárias...
Pássaros fênix, que das cinzas retornam
..."Me trazem o passado -sedento constelar!"
O príncipe bastardo foi coroado
Quando não há estrelas no céu (eu fecho o olhar)
O incrível universo ainda bem preservado
É oponente a força do tempo
sutil e belo como a primavera...
Comovente ciência que desafia o silencio
viril castelo e desejada quimera...
"Pensávamos contando estrelas"
(será que tem alguém nos observando?)
Cintilávamos sinais com pederneiras
é bem no fundo do universo víamos estrelas piscando.
Nossos olhos também brilhavam muitos
Diante de uma multidão de estrelas incontáveis...
Nesse pequeno cantinho do universo, estamos juntos
Gigantes de ambição e estrelas indomáveis.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
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