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sábado, 20 de agosto de 2016

Depois que você se foi...

 
 
 
Não me disseram nada
nem sequer indiferente eu ouviria
Mesmo q'fossem gritos
Ou passos curtos na escada 
 
Tanto fiz que não me importa
a tenacidade da porfia.
Algo me falta, omisso
com a mão que levo a porta...
 
Após ultrapassar mais vazio
 chego
 
A revolta do ar me culpa
as cortinas lembram-te acenando.
O sol apenas ronda
e os raios perseguem meus medos.
  
"Não me disseram, bela
que assombras a distância
e que a tua falta aprisiona
o olhar que te espera"
 
As paredes desertas 
em meu quarto 
me abraçam.
 
Até mesmo o tempo
parece me olhar...
Como a lua q'sonha no deserto
com nossas pegadas na areia do mar.
 
 Teus pés descalços
me marcaram...
Caminhava calma
sinto falta das tuas surpresas

Escondendo o teu rosto
com as mãos...
Nos vãos de teus pequenos dedos
e no segredo de teus longos cabelos.

Hoje procuro-te
Como a luz escura
de uma solidão pela manha.
 
Nem sequer me importo
que seja noite ou seja dia...
 
Nenhum destes
existem sem ti:

O dia porque não quero
a noite, porque eu te espero.
O sol porque não me aquece
A lua, porque me esqueces
O quarto porque está sombrio
é eu, por estar sozinho e vazio.
 
 
 
 
 

(Lourisvaldo Lopes da Silva)

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