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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Poeta exilado



Na pequena trilha, poeira
pés descalços vermelho.
Num mar de sonhos pegadas 
na orla da terra entrincheiras
 O vento q'apaga é ligeiro
e a palavra informal é levada. 
 
A terra molhada chora
a noite podia sentir o teu cheiro
O sino da igreja bate
 quem não sabe orar, implora
Nos recreios da vida, desejava a escola!

Para falar pr'oçê palavras bonitas
(moça bonita)
Eu soletrava em alta voz e escondido
As invenções secretas de um livro
Inspiração acautelada premissa
 Preparas-me um sábio desatino
Que faça da literatura seu esconderijo
 
 O brilho do sapato
envaidece o engraxate...
A honra só serve
Se for mais que um boato
maior satisfação? A que a alma invade.
Tem um gozo q'não se mede

"Chama Bastiana di frôr poeta!"
Teus versos não conheceram estantes
Mas fez de Tião um dotor
E converteu gorjeados d'aves em orquestras
E tua poesia é conhecida (distante)
 
"Bela!" Escorre suave sobre as folhas
Formando mananciais sinuosos pelo cerrado
A colmeia transborda cheia 
Abelhas operarias se revigoram nas flores
Um trabalho voluntario reina calado
"A poesia não é carreira
é sangue quente que corre na veia!"
 
 
 
 (Lourisvaldo Lopes da Silva)

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