Há alguns dias que são assim
Esqueceste-te? Que estes não passam?
Traqueja o saber, centelhas d'fragmentos
Papalvas concupiscente, inconsciente...
O belo tragar das visões
Engolindo toda e qualquer paisagem
A avidez das parábolas
Vertidas em converter às imagens
Aproxima-te d'meu lado esquerdo
Coração fugidio se sente só!
Efêmero o imortal arrazoas,
Preparas-me um degredo!
O peso do ar me sufocava
E a clari'dade erguia barreiras
A lua do mar, se afastava
E o vento parado agitava bandeiras
Tudo tão leve se prolifera
Q'tanto faz o olhar escuro
Os pensamentos por ela
Há dias assim in'seguros
A volúpia das sensações
Se esconderam em meu âmago
Silencio-me mudo, entre provocações
Dias tempestuosos e um naufrago
Quisera-me apenas eu
A maior dor rasga suspiros
Esquecera-te Labéu
(O amor pedirá-te sigilo)
Que dia foi aquele passado?
Cuja vivacidade harmonizava a vida
E as poesias se ofereciam em cachos
Por qual motivo Por qual saída?
Escaparia de tí mesmo aquém
Teu amor q'habita lá fora dorme aqui dentro
Me sinto sozinho sem ninguém
Meu bem aí, no pesar dos sentimentos
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
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