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domingo, 30 de agosto de 2015

O Rancho de sapê(não da pra esquecer)...



Um pequeno pedaço de chão escriturado dentro do coração,
aos pés de uma serra, desfrutava de grande sombra.
Um pomar de imensa fartura, abacates, laranjas , pés de limão e de mangas.
De tamanha  bondade no colo da mãe natureza,
fartura nas roças, arroz, feijão, milho , melancia, "e pés nativos de pitomba!"
(que nos serviam de sobremesa)

Assoalho de chão batido, e pilares de aroeira,
das bicas, a  agua era transportada por cochos de madeira,
 atravessava a cozinha,
dispensando uso de torneiras!

 
Os bananais ,
 tinham sua própria mata margeando o riacho ,
sobre as traves da área,
se exibiam maduras e abundantes em   seus cachos!

Em latas bem guardadas ,
o segredo da conservação,
doces variados,
 carnes com sabor preservado,
bolos assados e pão!


Em volta do fogão de lenha,
era o melhor lugar ,
 para se reunir,
sem jornal ou novela,
casos contos e prosas belas,
dificilmente se ouvia repetir!
Enquanto o biscoito de polvilho crescia,
 a chapa mantinha aquecido o bule de café...
Quente e saboroso permanecia,
e depois do caso pronto quem não quer?
 Todos querem não e?
(Eu já sabia...)

Vamos conhecer melhor o rancho de sapê...

Um quintal bem varrido onde servem milho as galinhas,
e as aves se misturavam tentando enganar a gente,
um celeiro prevenido onde se guardava,de preferido,
o colhido e também sementes...
A marca de chão queimado,
indicava o lugar da reunião, em volta da fogueira a noitinha,
"Um violeiro e seu amor primeiro,e um coral de criancinhas!"



Uma noite bem aproveitada,
pouco adiante do empoleirar das galinhas,
um carinho a madrugada,
enquanto se assa o pão de queijo!
O dia e apressado inicia antes do sol,
e um bocadinho antes da aurora (de madrugadinha,)
As crianças ainda sonham,
o pai e a mãe se acompanham,
apartar o gado fica por segundo,
da tempo  prum beijo,que apelidaram de,
 (o melhor do mundo!)



Na luz do dia , o leite já tirado, vira doces e  queijos,
 a produção ali não para, "Iguar o Sor" que vai subindo !


E quando o sol esquenta demais,
corre todo mundo e o menor fica pra traz,
(tudo isso pra ser levado nos braços de seu pai)  ...
E m direção a cachoeira,
depois de um dia duro, o cansaço e trocado por brincadeiras!


Faz balanço , faz encanto ,
casinha em cima da mangueira,
onde reina os pequeninos!
Desconfio que este lugar tem magia,
 "Não se envelhecem são todos meninos"...
O pai vira montaria,
forma-se fila e gritaria...
Parar montado nele minguem conseguia!


Já e tarde começa escurecer, hora da fogueira debaixo da mangueira,
 no meu eterno "Rancho de sapê,
De todas recordações essa sempre será a primeira,
sempre estará aqui , não há como esquecer!



O Rancho de sapê(não da pra esquecer)...

Autor:


lorisvaldolopes.blogspot.com.br

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