Um pequeno pedaço de chão escriturado dentro do coração,
aos pés de uma serra, desfrutava de grande sombra.
Um pomar de imensa fartura, abacates, laranjas , pés de limão e de mangas.
De tamanha bondade no colo da mãe natureza,
fartura nas roças, arroz, feijão, milho , melancia, "e pés nativos de pitomba!"
(que nos serviam de sobremesa)
Assoalho de chão batido, e pilares de aroeira,
das bicas, a agua era transportada por cochos de madeira,
atravessava a cozinha,
dispensando uso de torneiras!
Os bananais ,
tinham sua própria mata margeando o riacho ,
sobre as traves da área,
se exibiam maduras e abundantes em seus cachos!
Em latas bem guardadas ,
o segredo da conservação,
doces variados,
carnes com sabor preservado,
bolos assados e pão!
Em volta do fogão de lenha,
era o melhor lugar ,
para se reunir,
sem jornal ou novela,
casos contos e prosas belas,
dificilmente se ouvia repetir!
Enquanto o biscoito de polvilho crescia,
a chapa mantinha aquecido o bule de café...
Quente e saboroso permanecia,
e depois do caso pronto quem não quer?
Todos querem não e?
(Eu já sabia...)
Vamos conhecer melhor o rancho de sapê...
Um quintal bem varrido onde servem milho as galinhas,
e as aves se misturavam tentando enganar a gente,
um celeiro prevenido onde se guardava,de preferido,
o colhido e também sementes...
A marca de chão queimado,
indicava o lugar da reunião, em volta da fogueira a noitinha,
"Um violeiro e seu amor primeiro,e um coral de criancinhas!"
Uma noite bem aproveitada,
pouco adiante do empoleirar das galinhas,
um carinho a madrugada,
enquanto se assa o pão de queijo!
O dia e apressado inicia antes do sol,
e um bocadinho antes da aurora (de madrugadinha,)
As crianças ainda sonham,
o pai e a mãe se acompanham,
apartar o gado fica por segundo,
da tempo prum beijo,que apelidaram de,
(o melhor do mundo!)
Na luz do dia , o leite já tirado, vira doces e queijos,
a produção ali não para, "Iguar o Sor" que vai subindo !
E quando o sol esquenta demais,
corre todo mundo e o menor fica pra traz,
(tudo isso pra ser levado nos braços de seu pai) ...
E m direção a cachoeira,
depois de um dia duro, o cansaço e trocado por brincadeiras!
Faz balanço , faz encanto ,
casinha em cima da mangueira,
onde reina os pequeninos!
Desconfio que este lugar tem magia,
"Não se envelhecem são todos meninos"...
O pai vira montaria,
forma-se fila e gritaria...
Parar montado nele minguem conseguia!
Já e tarde começa escurecer, hora da fogueira debaixo da mangueira,
no meu eterno "Rancho de
sapê,
De todas recordações essa sempre será a primeira,
sempre estará aqui , não há como esquecer!
O Rancho de sapê(não da pra esquecer)...
Autor:
lorisvaldolopes.blogspot.com.br