Hoje não queria,
mas, despertei!
Um dia após outro dia,
eu me arrastei!
Desta vida que me farta
Até a morte, a deseja viver...
"Ambas, são iguais ingratas,
estou a vossa mercê!"
Meu apetite voraz,
jamais esta satisfeito!
Motivos, que roubam-me a paz,
apontando meus defeitos...
Fardos, roubam vida
buscas, juram sossegos!
Chagas e feridas,
erguem este ser, do medo!
Que se arrasta pela cidade
a minha densa massa...
Nem atinge a sua metade,
para aquele que me abraça!
De que morte, não posso morrer?
queixosa em si, revida a alma!
Um corpo vaga, no escurecer,
e o nada me acalma!
Nem fechados, os meus olhos,
tem algum direito!
Cavas entre os Abrolhos ,
planta seca, arbusto imperfeito!
Engole a terra e regurgita!
Adormecida, acordou semente,
metade morte, metade vida
dia após dias sem saída!
Gemes a escura este ser dormente...
Escrevas!!! Ao menos tente...
Diário dos vivos mortos!
Autor:
Lourisvaldo Lopes da Silva
Uma melancolia
a ressaltar a tristeza
de alguns raros dias
de incertezas!
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