O solo regurgitava vida,
é os ciprestes oferecendo sombra!
O calor da tarde, a forçar guarida,
e apenas a noite prevalece, e nela vida descansa...
Assim a amei em meados de verão,
a percorrer entre os carvalhos...
Vi nosso amor se espalha pelo chão
e de teus lábios me embebecia o orvalho!
E nas sombras da noite tu se escondias,
para que eu a pudesse encontrar...
Ao ser surpreendida agradecia,
e no meio da clareira se exibia nua,
a luz do luar!
E foi ali, neste descampado despido,
que edificamos a nossa cabana!
Do pequeno lago, luar refletido,
preenchia nosso quarto, enquanto a gente se ama!
Mas os ventos frios começavam a uivar,
e serenava, sobre as flores que enfeitavam os dias...
Para a nossa lareira recolhemos lenha, e para o frio (o mais forte abraçar)
Silencioso e suave o nevar acontecia....
E o sol, agora apenas clareava a nossa terra,
e o nosso pequeno lago, resolveu descansar...
E as noites frias nos unia ainda mais,
agora a luz da lareira e o nosso luar!
Vejo pegadas na neve,
ela ainda brinca de se esconder!
Para me provocar se atreve...
Gosta de me surpreender!
Logo entendemos olhando ao longe a nossa cabana,
e hora de voltar, me diz teu olhar entregue!
Lá dentro, a gente tem todo o tempo, para se amar,
não importa o frio, este nosso amor se aquece ate mesmo na neve,
quê esta lá fora (proibida), e no interior de nossa cabana,
apenas a luz do luar!
E no reflexo da lareira,
duas sombras abraçadas!
A recordar o amor que nasceu na clareira!
No calor da madrugada!
A cabana na neve!
Autor:
lorisvaldolopes.blogspot.com.br
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