Sorte
Aceito os tropeços, pelo caminho
que me fazem parar, sem que eu queira!
O trautear das pequenas aves no ninho
são como cochichos em noites de lua cheia.
Não me importo com o atraso,
gosto da surpresa, que soa como um sino.
Tenho afeição pelos sons do acaso
e das incertezas que vem em nome do destino.
Eu aprendi, a deixar ir embora
aprendi a dar valor ao que fica.
Ao que chega após cada aurora!
Resolvi decifrar o que me implica
As coincidências, o esbarro
a desculpa disssimulada, e o brilho no olhar.
O medo de cair (que sugere um abraço)
as artimanhas do amor e os segredos de amar.
A mesma hora, e os lugares certos!
A ousadia, da magia e da poesia
dos lugares tidos por incertos!
À felicidade indiscreta
em um rosto transluzido.
E à certeza de uma eternidade,
no primeiro e tímido sorriso
de quem fez a melhor das descobertas.
Esse primeiro momento
eu o chamo de sorte.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
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