um obstinado ciclo se deleita a espera do nascer do sol.
bem acima de minha cabeça.
estivessem vividos por aqui.
por imposição do meu instinto.
perdida e sozinha ao lado das sobras mortais de um lobo.
e prossegui a viagem, buscando encontrar por seus pais.
se exibia como um escudo na ponta de uma lança.
que asseguravam-me que este lugar era habitado.
Dali mesmo alcei cordialmente um grito.
que se desprendiam nos relevos a minha volta.
petrificados, e fizessem parte das rochas .
dos quais desejei, que não passassem de um sonho.
e dentre eles o seu primeiro disperso.
senão fosses por essa criança.
E não somente a disforme turba se calava.
Mas como sombras todos eles se dissipavam.
crescendo até que se transformasses em uma besta alada.
Que devolvias a lenda o mito, e o germe a sua origem.
E a tribo dos Cãs nunca mais pôde ser apagada.
"ouviram-na" tua voz, e arregaçaram-a-ti passagens pelo tempo.
"Disparate!" Meu juízo sã, entornas da sábia loucura o medo afã.
Como tremes a cerne, gemes a carne que está alcança.
a par d'ste limbo ofegante agouro se quebra.
Meu rei não bebes mais da alva em seu cântaro.
aquele que seria meu ultimo horizonte.
Negado-a-ti foi o voltar d'áquem.
─CAPÍTULO VII (Brumas que sussurram)
Latão dourado, ventura pelo alvor do oriente
vasto se perde o escurecer inerente,
concedendo lugar ao rosado véu.
E faminto o sol se aproxima. Devo partir!
Deixo pra trás, fogueiras, cinzas e brasas
chamas apagadas que nunca me aqueceram.
Minha estigma segue martirizada, por quais
meus anseios se renderam. Voltar a ti
somente, me importa agora.
Por semanas busquei o fim dessas cadeias,
estreito passo, Sagaz sente o cheiro das relvas
e me cobre a visão os verdes campos.
Deste solo sagrada clareira , sente se a lacuna
deste tão ralo vão.
Aqui me acamparei nos próximos dias.
A meio som, entre o silencio e o rumor das aguas
d'uma cachoeira bem no meio do descampado agreste
Inculto e quase sem alma me acomodei.
Na manhã primeira, a nuvem formada
antes de conhecer o céu, confundia toda essa terra.
E nem mesmo o arco de cores por ela atravessava.
Dormitavam as flores, pela presença da luz
enquanto banhava-se de orvalhos a primavera.
Uma coisa nova acontecia bem diante do meu olhar
das brumas oscilantes que entre os firmamentos se dividia
Vi-te semblante fosco entre o turvo silêncio se ocultar.
-Destes-me a loucura e depois me ceifastes a razão para viver!
Aves silvam, silhuetas aterradas vejo
o horizonte por alguns instantes inexiste
e o arcanjo sola o fiel arpejo.
Até que o sol, a muralha rompe
e raios caminhem pelo chão e luz se una a luz.
Devolvendo a este céu, a grandeza d'um implícito monge.
E novamente eu volte a sofrer o enfado da minha cruz.
N'outros tempos eu vi-te abrir a minha frente
mas brotaste vazio como o ultimo tenro
olhar frágil d'uma Deusa morta.
"O calvário d'outrora eras, mais valente."
(Sempre quis me sentir sozinho)
Mas nunca tamanha distancia de ti.
-Saio a caça! Ao leste avisto boreal, a floresta
que contorna é um arco, é teus ciprestes imitam a flechas.
Uma raposa branca do olhar celeste, me segue ao longe,
para a mesma oculto a cova, que se mistura ao caminho.
Me misturo as raízes que se entrelaçam as opulentas arvores ,
(na espera, mora o segredo e no segredo morre o silencio)
E na verdade há, plenitude de todo desejo
Até que, ouço teu cair na armadilha, e vou, a ceifar-te a vida.
Dois rubis topázio é o que encontro, desta fera covil
vazio nada tens a me oferecer. Apenas pedras opacas
quais levo em meu alforje.
Destes-me da áurea a fortaleza, e rios de sorte vieram me encontrar
já é noite no misterioso vale. Tão feroz que treme aos olhos
o clarão da luz do mais intenso luar.
Não és o suficiente penumbra! Para esconder-me
as silhuetas que veem desta neblina.
Cantar me entristece, quando estou sozinho
e por ouvir minha dor uma centena delas se aproxima.
No conforto de tua brisa, meu corpo todo se acalma
da fantasma tribo indígena queimada após a colheita.
Tuas mulheres vagam entre o ocaso e a alva.
___(Me pareces que és tu, dentre estas a eleita?
Ao tocar-me brilha o topázio, e meu corpo
se torna teu)....
Cantos de jubilo, nascem em terras malditas.
O alarido das que choravam, são gritos de uma estranha dança.
-Conduziram-me ao meio da floresta que contorna o arco,
e aos pés do cipreste da mais rígida lança!
Junta-a mim fomos lançados ao alto.
E um brando sussurro desperta a bruma
que oculta todo aquele descampado.
─CAPÍTULO VIII (O paraíso de Lêonth)
A magia deste encanto, e a espada que corta
Vida suspensa entre acalantos
quando desperto, já não encontro mais o caminho
deste lugar me aterrorizo como se desse não houvesse volta.
____'Aonde estou?' (O universo se contrai
quando ouve a minha voz)
E de teu ventre caem estrelas que
vão se alinhando em um infinito renque.
Tuneis do éden, corredores da vida
me admiro de tudo. O que me cerca.
A raposa branca está cega e pela umbra esvaindo!
E de teu uivo turba-se a densidão das trevas
Sagaz ganhou asas, e brilha n'ste céu revolto.
-Sagaz se podes, consente! Estamos mortos?
Retumbante corcel relincha, e no suspenso céu
a grande estrela desperta. E o dia se faz de servo.
Curva-ti como se venerasse me teu rei,
e se abaixa para que eu possa monta-lo!
Deste ínfimo mortal, a grandiosidade do reino
sem fim.
-(o que queres tu me mostrar meu amigo)
E por quantos milhões de caminhos cruzamos
até que se chegasse ali...
Os lagos descortinados, são finos véus!
Tudo que me faz falta reflete em suas aguas
mas ai de mim! Que tão fundo não desce
Sagaz com tuas fortes asas!
De que me serves a dádiva se me reténs o dom? -Ó céus!!!
─CAPÍTULO IX
(Elegia)
O Afã de Lêonth chega aos ouvidos de Elizia
Dói-me! Não como a dor cuja morte, a conforta
mas longeva tristeza parca, que aos poucos destrói-me a vida,
ser vivo d'uma alma lânguida e morta.
Veemente vejo,da nívea o albor pr'onde deveria voltar
màs ávido se fecha, o desejo qual me atenho
é reflexo d'uma flor sob a superfície do mar
raios de luz em estreitas brechas
Adeus, pra quem existes!?? Para apartar a noite e o dia?
Utopias são lugares prantos e habitadas por dores
Elizia! Se não tê-la aqui, q'se encerre essa quimera
é me guardes sortuno, entre as raízes das flores!
Por que me trouxestes há lugar tão distante?
Basta, a essa vida o quinhão mortal
sem que deste lado, exista-me ela
não me existe amor o bastante.
Que mau tenho cometido? Para ser confrontado!
Se injusto fui recompensado, concedes-me um ultimo arguido.
Se pudesse hoje ser atendido por ti Ó céus!!!
Um rei insigne vaga ao léu,
"teve este o fim que não merece"
Meu nome é Lêonth, homem cuja tristeza não tem fim.
(Lêonth chora)
Seus cabelos cobrem-lhe a fronte ocultando-lhe o rosto
do afã de Lêonth brota o fogo que consome as vinhas
rios vermelhos ardem, o fervente mosto
cambaleia a torre forte, se no mais alto monte, se sentir sozinha.
Nenhum paraíso é pleno, se desabitado for,
e nele se encontrar sozinho o homem sem o seu amor.
Lágrimas não caem, são empurradas até os olhos
e de lá são arrastadas para fora.
E quando elas se entregam, descobrem-se sozinhas
e da face estremecida, se despedem
e logo desabam, por um ultimo caminho
Elizia... Estrela ofuscante, que se oculta no universo
Hoje ouvistes a voz de teu amado?
Desperta-te ao que por ti está imerso...
Os lagos descortinados, são finos véus que refletem tudo
que nos tem faltado.
Na superfície das aguas, Lêonth pôde enchergar
o amor daquela que ama si levantar....
Montou nos ventos como se estes fossem suas asas
Elizia estava lá, onde outrora fora a sua casa.
─CAPÍTULO X ( Á caminho das altas sendas)
Elizia filha de Ondomnet D'tálbûr
( Interventor do exílio dos Cãs)
"Foges filha! Seguindo o teu coração!?
―Neste, meu pai está a minha vida!
(E parte sozinha
como se alguém tomasse-lhe pelas mãos.)
É meio dia é o sol a impede olhar para cima,
d'onde sabes que alguém a observa,
e podia ouvi-lo nas horas mais calmas do dia .
No caminho dos candeeiros, viu a luz da noite se apagar,
nos campos de trigos viu o insistir de uma fonte
pouco a pouco em um grande rio se transformar.
Já cansada pela solidão do tempo
subiu na alta montanha de frente com a chegada do sol.
É ali mesmo se entregou, dizendo não saber mais o que procurar.
Deitou sua cabeça sobre uma pedra, e procurou por ele
―Aonde ele está?
E a noite veio sem que ela percebesse
porque não havia separações de dias ou noites diante dela
naquele lugar. Jurava estar sonhando, por se sentir bem
deitada ali, nada mais a importava, nem mesmo viver
sozinha daquém.
Mas estava ela bem perto, de ver se cumprir
o que tanto a incomodava.
Lêonth estava ali, mas ela de nada se lembrava.
Nem sequer de outrora prisão em um paraíso
nem mesmo, daquele coração que a transformara em um brilho.
Lêonth então se desesperou, montou em Sagaz
e contra um dos lagos descortinados se lançou.
─CAPÍTULO XI (O despertar de Lêonth)
Ao abrir os olhos, viu Sagaz deitado ao seu lado,
sobre a encharcada alfombra que cobria todo o vale.
Mesmo estando cercado pelo denso nevoeiro,
se alegrou muito, em saber que havia voltado,
se é que sairá mesmo dali algum dia.
O vento se dividia entre a floresta de araucárias e ciprestes,
e seus sons se multiplicavam a cruzarem o arco,
e seus uivos são ouvidos com branda melancolia,
e as brumas repetem-nos silenciosos em sua nostalgia.
Quiseras tudo que aconteceu ali se apagar,
mas não antes que se confirmasse a magia.
"Vi entre as brumas uma centena de vultos desaparecendo ao longe.
Cantar me entristece, elas ouviram os meus fados
entre minhas outrora's tristezas elas também se esvaecem."
O sol enxugava toda a planície e pouco a pouco o céu se limpava.
Como se fosses partes deste céu,
aquele sonho que de sua mémoria não se apaga.
A montanha de frente para o nascer do sol
estava apenas no tempo de duas aroras a sua frente.
―Sagaz! Velho é bom companheiro já sabes pra onde vamos!!!
Ele se curva, para servir, o teu nobre rei,
e em seu instinto para a grande montanha aponta
o destino os trouxe de volta, mas conservará-lhes as lembranças.
─CAPÍTULO XI (Monte Lúgubre)
Elizia mora em ti a beleza, que tão de perto observa-te o céu
este não resiste ver em ti tamanha dor,
que devolve-lhe a lembrança que castigara o teu amor.
Elizia novamente reviveu o seu passado, e se lembrou
da batalha dos Cãs e de seu povo massacrado
viu sei rei ser morto por traição, viu quando levarem seu filho
e isolarem-na, na redenção de um paraíso.
E se lembrará, de tudo passado,
dá maldição que fora quebrada
e a tribo dos Cãs sendo restaurada.
Mas apenas os que morreram,
não haveria mais de vê-los retornados.
Se lembrou do homem que a conheceu no desterro
e de quando partira, de seus olhos solitário o desespero.
E chorou a saudade de seu filho, fruto do seu ultimo amor.
E, agora não conseguia mais encontra-los...
(Por essa dor) Elizia se recusara a lutar, e se recusava a acordar.
─CAPÍTULO XII (O paraíso daquém )
Encontra-la ali, no alto daquela montanha
trouxe-me de volta a vida.
Mas estavas tão frágil! Tomei-a em meu colo. (Minha querida!)
E como tive o desejo de beija-la a beijei
e ao teu corpo quase sem vida me abracei.
Pedi aos céus que a devolvessem-na a mim
ou me levasse junto a ti. Do interior da montanha
o fogo adormecido foi despertado. O céu azul, acima
de nossas cabeças, foi encarcerado,
e tudo a nossa volta estremecia! Obscuro mausoléu
se preparava... Levem me junto a ti, neste ultimo dia!
Começou a chover, e toda o vale há nossa volta
se preparava, o respeito corteja o luto.
Minhas lágrimas existiram pela ultima vez,
não conseguiria mais prantear por ti amada.
Os rumores da montanha então se calaram,
em noite as nuvens oponentes, dias turvos transbordaram...
As horas deixaram de existir para nós,
e num silencio gélido, as rosas negras despertaram,
e as pequenas crateras, deste abismo fecharam
até que! ...A solidão entre nós se desfez.
Lêonth! Ouço-a,
tão eterna é tua voz aos meus ouvidos
que trazes de volta o alvor para mim.
Já havia passado um dia e uma noite, e ao amanhecer
o céu escuro e as densas nuvens foram dissipados.
Agora vejo-a tão intensa em meus braços
que não me contenho! A nossa sina chegou ao fim.
Somos as pedras que rolam pela montanha,
e o orvalho que cobre as folhas.
E um bando de aves Silvas
dez por seis, nos acompanham.
Ouçam-nas
...
Continuações
─CAPÍTULO XIII () antepenúltimo
─CAPÍTULO XIV ( ) penúltimo
_CAPÍTULO XV () ultimo.
Fim.
...