Nasci, para escolher
Cresci, para fazer
E, depois morri para esquecer
Criança, fui, para brincar
Jovem para sonhar
E, adulto para tentar
Qual é, a idade do juízo?
6,7,8?10,12, etc...? Com quantos anos se escolhe?
Deixando de ser indeciso,
"é, assim quê se colhe?"
Menino de oito anos não planta,
Mas dança! Como se planta fosse.
O tempo é o vento quê nos embala,
Enquanto, os sentimentos nos preparam...
A arvore sonha,
...Sonhos são os ninhos
E, o sonhador
É o passarinho
Nasci sem asas
E cresci
Em casas
.
..Algumas, na infância
Infância mudada
Mesmo assim é
Apenas uma.
Os endereços foram mudando
Mudando, e mudando
Até quê, descobri das coisas seus preços
...(Fui dono de dezenas, alugadas)
Mas pôr um tempo foram, minhas,
mas de mim não tinham nada.
Não tinham, a casa da árvore
(Nem sequer árvores tinham.)
Nunca se escolhe nada, até quê sejamos donos
Seremos crianças, dos apertos de mãos
Em um tempo quê vai passando
Do tamanho de meus pés, é meu pedaço de chão.
"Criança e agora ?"
O vento balança o balanço sozinho
Lá fora!
Sem asas, sobrevive o passarinho.
"Até quê, vês ali" Um falcão
Predador, de sombra mortal
Sem reflexo no espelho, dentes de cão
Passarinho valente, credita-se Imortal
Do fim d'cada dia
E das noites mais escura...
Após o encerrar de cada poesia
"Sirvam-me, uma dose de loucura."
Para enfrentar Medusa
Fiz-me de pedra
A tudo quê, este olhar me usa,
Um pouco de mim, cada amor leva.
No fim acaba a graça
Carranca séria é relógio de pulso
Apaga as luzes da praça
E a noite tem cores de luto
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
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