Miro no reino Fungi
"Miro morreu!"
-Pranteia a viúva-
(Desconsolada sem amor)
Um acaso na vida brinca, de Deus
na pequena terra, das gigantes saúvas.
Não existe dor...
Acorda Miro apavorado
"Aonde estou?"
(Que lugar engraçado)
Ao longe o observa Quitina,
menina assustada, que rápido se esconde...
Uma luz na janela sem cortina
(a entrega)
Mas mesmo assim não responde.
-Num silêncio sem trégua
...Um Déjà vu acorda a lembrança!
E Miro pensa muito -estou dormindo]
(?)
(Lugar aonde as arvores tem chapéus
sapinhos observadores, são as crianças)
E em algum local secreto (eles) esconderam, muito bem o céu.
(?)
Segue Miro sorrindo
(pensa estar sonhando)
!!!
...Um adulto quando sonha
é igual, a uma criança brincando.
É dono de tudo!
!!!
Segue a luz esverdeada
que salta das arandelas...
Miro...
[pequeno Miro-
(Não sabe quase nada)
Até que no cruzamento de uma trilha
conhece Éon
Longa
barba branca
a se perder no nada.
Orelhas-de-pau
Dependuradas
Éon sabe D'tudo!!!
D'Tudo nasceu do nada
-Há alguns milhões
Absurdos!
Aonde estou?
...
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Miro no reino Fungi (Prt 2)
Hifa e Micélio a caminho
Aonde estou?
Pergunta Miro a Éon...
---------------------------------------
"Estás no principio
aonde a (pequena) multidão se aglomera!"...
Nem sequer conheceremos o gigante inicio
ou ter o tamanho d'um grão
Bilhão vezes bilhão
que se proliferam.
"A ciência das estrelas d'sconhece o próprio chão!"
[Éon]
"Bem vindo Miro
ao reino Fungi!"
O pés que enlaçam-se as raízes
são mais petizes/"são"/ mais felizes
Em um lugar se desconhece
(o motivo e a razão)
E se encontram nas cinzas
O ser vivo e o Ser não!
O reino sem fim se estende
a sua frente!
Não precisa ser muito para ocupar
O maior dos reinos
nem precisa se mover de seu lugar
o que se diz aqui, Também se sente lá.
Aqui a gratidão é devolvida
em um mutualismo assustador.
Por menor que seja a vida
não se confirmará sem amor.
Em seu lugar...
"Miro -eu desistiria de acordar!"
[Miro]
Não! "Éon não me prives a realidade
o sonho dorme dentro d'mim"
Dizes isto por não conhecer a saudade
(essa insaciável) Não aceita o fim!
[Éon]
Escuta Miro? Ouves tu este som?
São eonótemas de Fungi
Inefáveis mundos paralelos
a interagir com os septos
a harmonia da existência rege o tom.
Daqui podemos observar
Os grandes homens desaparecerem
pós'menores q'insetos.
[Miro]
Desejo seguir em frente!
...(Éon é longânimo)...
Teu saber confunde-me ó inteligente
e magnânimo Éon
Quero ir embora,
pra aonde as dores são sentidas!!!
O valente mortal se corrobora
melhor q'tudo é a vida!
[Éon]
Miro segues então
por estes Decompositores
eles redirecionam a vitalidade
o portal que rasga a solidão
convertem em trilhas caminhos de flores
Por estes chegarás há eternidade
finda logo ao porvir...
Na torre mais alta se esconde a promessa.
Só assim descobrirás
se há
como voltar.
Lá se foi Miro admirado
Do céu que jurava conhecer.
Das gigantes montanhas desprezadas
pelos homens ignoradas
O homem também foi desprezado
por tudo q'foi capaz de perder.
Ali Miro conheceu a cerimônia Lava-pés,
dos exércitos vermelhos de 'scavar...
Os animais não tem sentimentos?
Ou são os homens que fingem ter fé?
(E por ela)
sem motivos são capazes de matar
para transformar em deserto a primavera.
Então Miro ...não!
(Pensou e pensou e pensou)
"O irracional tem mais valor!!!"
E a utopia daquele lugar lhe devolve a razão
Todo trajeto é colorido
com cores inimagináveis!
A paz minuciosa
"Tem a famosa cor d'um sorriso"
e o Reino Fungi tem valor imensurável.
Miro já não sonhava
Miro estava vivendo
cada momento.
D'sses que não se acabam.
Quando viu o emaranhar infinito nos cabelos
de Hifa entrelaçadas a Micélio!
As paredes das casas tinham seus mesmos jeitos
Quitina menina acanhada se aproxima
Miro (já faz)algum tempo que renunciara o sacrilégio.
Agora caminha por Fungi admirado
Micélio é seu amigo Hifa sua nova irmã
Quitina é sua atenta
Nas sombras úmidas mora o Sapo
Pesado e julgado por seu afã
Miro tomou pra si uma das virgens (Amena)
E seu enfado virou divã...
A'pressa não tem lugar aqui
(o menor ocupará o lugar maior)
Quem não cresceu terá porvir!!
Miro já descrente d'Deus
Por desacreditar, "quem é o Cristo?"
A jornada é Cosa Nostra
Um enredo (Miro não morreu)
Só foi o escolhido d'ntre todos os bichos
E levado a outro lugar
A estrada ida que chora
sorrirá 'inda que haja demora
em voltar.
...
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Miro no reino Fungi (Prt;3)
Um segundo amor aceito...
Desavindas tombam na terra
amad'alma anseia ti o corpo
Florinda zomba d'sta quimera
Acalma incendeia o orto
O inicio não pede-te adeus
a lapide tumba fria horrores
Miro sozinho pequeno sem teu Deus
a solidão de não voltar, é mãe dos pavores!
A eternidade pode existir em um segundo
se tudo há sua volta passa...
Perpetuo são os portões de seu mundo
é a carência gélida que escolhe ao que se agarra.
Miro perturbou-se por não saber de nada
de não ouvir os segundos contando passos...
Entregou-se por querer ao destino dessa jornada
Amena tem sorriso mudo, e falando soa como um abraço
A menor paixão em Fungi
reconstitui uma vida perdida...
Desta qual não podes fugir
se apegas a mão estendida...
Sozinho não hás de conseguir
Como é aqui é também ali
uma doce voz (amor) para ser ouvida.
Em uma parte do caminho
Miro lembrava de seu primeiro mundo.
O coração do homem tem eterna morada,
aonde deu e recebeu carinho.
O corpo dorme mas o espírito nunca é mudo...
Triste Miro longe de tua primeira amada.
Nas terras do reino Fungi existe um Deus
que não dissipa nenhuma de suas criações...
Hifa já foi fera, Micélio um profeta saduceu,
Quitina menina que nunca cresceu era uma canção...
Abraça-te a um novo amor
quando o pavor roubar-te a casa.
Miro Amena te seja por companheira
(o primeiro casamento é feito pelo olhar)...
Amena Miro seja teu companheiro
(O primeiro sentimento é mais forte que o abraçar)
Miro está desaparecido lacuna a saudade
sozinha.
Mas nas terras de Fungi, cultiva-se amizade
(a minha)
O autor é consumador de uma obra
é também o seu dono!
Miro ganha novo amor, e nova historia
muito além daqui através do véu um imortal vive no sono.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Amena
Miro no reino Fungi (Prt 4)
...estou te amando
Sazões dos tempos propícios
Os frutos perseguem as mãos
E poucos vestígios embrumam o passado
Quando afável, me toca no presente
desperta meu novo amor...
"Amena por ti estou apaixonado!"
Por aqui não há coração apenas se sente
Fragrâncias de mirras amargas
São como os sepulcros das sementes
Constante desejo de vida, que do solo brota paginas
a ressurreição é paga
e a morte não rege o fim
retribuições, gratas promessas da fé.
Meu amor por ti, é ameno
como a mirra puramente perfumada.
Flor de orvalhos serenos
Tons de liras estro! Pra ti ó minha amada...
Amena
Deleito-me em teu amor
Porque me és, como as brisas....
Nas aragens incessantes, flores dançam
No menor toque de tuas mãos escapa o frescor
Encontrar-te, (foi me encontrar (com a vida)
Os apaixonados seguem-se e avançam...
Poder-nos seria dado
Se amar evocasse a magia
Seriamos deuses de nossas criações.
Amena tenho eu te criado
E teu amor me transformado
Aqui viver é sentir, sem (fantasias)
É utopia encontrada, fim das ambições
Em Fungi não há espaço
A grandeza suprema desfaz as medidas.
Então estou apenas te amando
Amor é resumo, marcos de um limite
Na verdade quem ama?
Amor apenas Amor é igual vida apenas vida.
Estou amando estou vivendo
sem medidas de tempos, altitudes, longitudes ou limites.
Perfeito são meus olhos
A cultivar-te pequena
Minh'alma relutante, não mais sozinha
outrora fingia, mas posso ser refeito.
Sussurra-me suaves palavras, Amena
"Rejeitas o pedante,
o amor não se resume em linhas"...
Nossa particular história
não imita vãs glórias...
É menor em ascensão que todas
Aqui no menor dos reinos [Fungi]
"Eu sou dela é ela é minha!"
Quem está amando não consegue medir
o tamanho do seu amor...
Vale-me por tudo que existe
que estejas aqui.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Lagoas incógnitas
Miro no reino Fungi (Prt:5)
Crisálida latente é a cor do meio
Os núncios são vindos no anseio da alma
-mortal de luz! E sangue vermelho
Bendita são as panaceias da alva
...Que margeiam as lagoas incógnitas
Depois de um mistério desvendado vem outros
A breve vida se esconde por trás da hóstia
O sacrifício vicário não abre mão de seu morto
Quem pode conter nas palmas das mãos
Uma gotícula porção de agua em dias quentes.
Os átimos gigantes rejeitam a divisão
Origem sem data eternidade à frente
Eterno é o futuro e o passado
Se não existe o fim não houve inicio
"É um circulo, e nos estamos (presentes) bem no meio!"
A sêrodia sempre vêm, inda q'tardia
Como se sofresse de duvida (o árduo sim)
somos herdeiros do receio...
Nem quando se pensa, (morto estás)
As palavras tem o fúnebre, mais convincente
Na ventura e nas cinzas também reina JEOVÁ
O dono da eternidade não guarda luto de gente.
Nas aguas Fungi eu ví
Germes evoluídos maiores do que eu
As teogonias parindo sob a lua de Jaci
pequeninos pequeninos "sois deuses'
A menor partícula de um pensamento
Não consegue renunciar a si mesmo
Sansão matou mil homens
com a queixada de um jumento!
Um vírus letal deixou bilhões em desespero
Na agua não me vejo (reflito)
Aonde estou e quem eu sou?
Dura pérfida, na intervenção dos conflitos
"É" ...com quem estou?
Sabe tive medo inconsistente
Como a subida do sol ao meio do céu
todos os dias ele tenta fugir daqui
pra desvendar abismo escuro acima
Pobre sol sem razão, não consegui fugir.
Na pequena borda de uma lagoa
construiram aldeias
Quando o olhar nada encontra desacorçoa
não está sozinho, é, a luz das candeias
Que movem a coragem desvairada
a mão suave é mais quente...
Sofre aonde estiver quem leva a sua amada
(mas no fim, os dias são mais atraentes)
Com o frio da noite se aquecem
as flores perfumadas.
Os alvedrios mais sábios agradecem
aos temores, que incitam a jornada.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
A amizade a caminho de Fungi
Miro no reino Fungi (Prt:6)
Os caminhos são propícios
E muito pouco do que se quer, Vê!
Longos são os dias de solstícios
Sentir-se querido é como se ter
presente um amigo.
Miro sentia saudade de si mesmo
A consciente mordaz de quem sabe amar
Transforma a solidão em medo
Como se dentro de si mesmo,
não houvesse mais lugar.
Há amigos que quase não são vistos
São tão pequenos, quanto são bonitos
As descidas levam a Fungi
E muito pouco esforço se exige
De quem segue o que quer
O labor não amedronta o livre.
Não há peso no madeiro, quando se tem fé!
Qualquer lugar do mundo é ideal
Para se reiniciar tudo de novo
Recomeçar é decreto, que proíbe o final
Não há nada q'consoma tudo, nem mesmo o fogo!
Tive um gigante ao meu lado
É uma centelha nos pensamentos
Fustigante é meu anjo alado
A terra é vermelha, (tem sangue por dentro)
É o calor da mãe que afaga
No leito como se fosse o ultimo carinho
Com um amor que jamais se acaba
Miro já não se sentia mais sozinho...
A família é também uma leal amiga
E o amigo, o mais novo e fiel irmão...
Na terra das gigantes formigas
Pormenores são donos do chão!
Miro não corre além
Ele sonha
A fantasia convida-te,"Vens?"
O que o homem cria o acompanha....
As Mycenas clareiam a passagem dos amigos
Com luzes verdes, que brotam de suas paredes
Amanitas embriagadas esbaldam seus sorrisos
As noivas são lindas e seus véus são como redes
E de seus olhos podemos ver o brilho.
Amena sonha ao meu lado
e sabe que vou realiza-los
Todos eles...
Na floresta grisalha mora Branca (a curandeira)
Essa me deu de presente um coração
E deste saiam veias rosadas
A caminho de Fungi há arvores que sagram
O sangue é uma seiva, tanto faz que seja ou não vermelha
Desde que tenhas um é ele funcione bem, passa a ser coração
E as veias são as raízes ao longo da estrada
O encanto real (Utopias me acompanham)
Miro viu ao longe a cidade sem muros
As torres são coloridos chapéus
Por aqui aqui nascem os germes,
Estamos seguros, haverá um futuro
Quando restar apenas a terra e o céu
O embrião intocado, novamente se desenvolve e cresce!
Tudo que é bom merece um rito
(Para ficar gravado) Reza a lenda
...Enquanto houver lembrança, existirá o mito
Não existe passado que ultrapasse por essa fenda !
Chegamos festeja o cortejo!
Do estranho sem ser convidado
Se aprende quem é através de seus desejos
Miro soube ser amigo, soube ser amado!
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Miro no Reino Fungi (Prt:7)
Chegamos, o suspiro brando é euforia.
Em um lugar q'inexiste
Motivos para quê se esforce por alegria...
E aonde se desconhece olhares tristes
O lugar é simples, e singelo
Como o ouro descansado
Cujo sangue é alaranjado
Em seu dono abdicado
(Até mesmo o ouro de tolo é belo)
Por aqui os boatos são sapos
E as lendas são rãs
Os inventores são incautos
observadores de afãs
A primeira impressão de Fungi é essa:
Macroscópica e fabulosa
Fragmentações multiplicadas
Os cênicos d'vidos em cirandas de rodas
E os cerebelos equilibram as tomadas
O seus bobos não tem corte
E os seu sábios não são fortes
Teu rei mora em um cogumelo
e todos os seus súditos são castelos
As cores surreais prevalecem
As vergônteias exuberam
A menor da mais pura beleza não se esquece
Em Fungi apenas os menores prosperam
Miro nada tinha
Mas em tudo há um bem comum
O sonho pronto, nasce
em qualquer lugar
No mundo, no além, e até mesmo em nenhum
Fungi poderia ser nenhum
Mas a ciência realista (é pura magia)
Fungi tem seus portões,
e muito pouco conhecemos dessa fantasia.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Miro no reino Fungi (Prt:8)
As menores coisas (da vida) falam...
À olho nu mora o impossível
Pouco se entende d'tudo o que se vê
(imaginar) é algo espantosamente incrível
E prazerosamente afável é o descrever
Já ouvistes o que dizem os inaudíveis?
Quando não se quer, não se observa
Parar para ouvir e para entender,
(É uma arte indescritível)
"A maior grandeza d'um homem está no conhecimento que observa!"
E o segredo da grandeza
está na fraqueza...
A si mesmo se conhecer
vale muito mais que aos outros vencer.
Quem se levanta do barro
e depois maltrata a mãe terra!
"É filho naturalmente ingrato
nasceu homem, mas se converteu na pior das feras"
Caminhas solicito pelo solo que te atormentas
O céu estimula um vazio astronáutico
Da taça das piores frustrações uma raça experimenta
o sabor de se tornarem todos, lunáticos...
Quem se revolve no pó e nas cinzas morre aos poucos
Como também é aos poucos que somos formados
O anseio comum entre um sábio é um louco
viverem suas utopias sem serem
incomodados!
O luxo cega a pobre alma
A soberba suntuosa envaidece o corpo
Analfabetos enriquecerem milhões de paginas
o amor é inspirador é tem ímpeto por renovos.
Existe sim
No que não se quer compreender
Um inicio e um fim
É uma meia eternidade para se aprender
...
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Miro no Reino Fungi (Prt:9)
Miro escuta Atento
Atento (O mentor) de todo aprendizado
Interpreta de todas as ações os motivos!
"Quem se assenta para aprender faça silencio"
(Por menor que seja o saber (que seja venerado)
A sabedoria enfrenta nações, e desafia destinos
quem vai na frente, surpreende o tempo...
Miro escuta Atento
Como o atalhar pelas entrelinhas
Entre as palavras preditas
que repousam serenas ao relento...
Açucarando os frutos das vinhas
a raiz da vide, alma regurgita.
O sangue que arde também vinga
O desejo do morto é não morrer
E do que sonha é jamais acordar
E do que vive (é mais vida)
Das lembranças feridas, reclama o esquecer
E as realizações correm para se realizar...
Miro fecha os olhos para sentir o adeus
No mesmo momento pondera...
Entre aquilo que quer e aquilo que não quer
Todo homem recorre a Deus
(Se existe um paraíso)...
"Devo eu me acomodar a essa quimera?"
A luta pela vida, prospera mediante a fé!
Atenta-te para cada momento
O prazer define a escolha!
E o gozo explícita a alma
E o mais confortável solo não tem firmamentos
À grandeza é tão bela, mesmo sem folhas
e nem toda utopia alastrou em paginas
Atento diz a Miro:
Ninguém decide o alheio
E a convicta resposta decide a si mesmo
A paz, a felicidade e o amor
não moram entre os receios!
O que o homem sabe que quer
decida-o ligeiro!
Não há moradas entre as fumaças
Nem um céu se curvaria ao que não crer
Muito rápido Miro as coisas passam
E não vê-las passando, "é não viver"
...
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Miro no Reino Fungi (Prt:10)
Miro deseja ficar
Nem tudo que se deseja cumpre
Nem tudo o que se busca encontra
Mas a satisfação pode surgir antes do tudo
E pode se descobrir novos alvos
Há meio caminho!
Pra sempre? "Não existe!"
O agora é [ser] Ser de -evolução...
Como todo novo amanhecer é desconhecido
A presença das lágrimas não define o triste
E nem todo silencio é solidão
Floresce à videira grata, mesmo sem sorrisos.
Miro não sabia s'tava morto ou apenas dormindo
Quando se vê tudo a sua volta, existe consciência
Escutar é faculdade do querer ...(Ouvir)
Compreensão, é a ausência do limbo
Acercada d'mistérios ...(a)Nossa existência
Bom é; "Ao homem jamais desistir!"
Miro se exalta em seu ardor
Em Fungi não tem casas
Os tetos não resistem a beleza da flor
E quem não voa finge ter asas
Nos altos campanários anjos deliram
O som do amor imenso é enlevado
Nas decisões da alma efervescente
Os regozijos se revezam e se realizam
O benemérito é essência do homem ousado
E as escolhas do coração nunca mentem
"Desejo ficar!" É o que eu quero...
Aonde repousa o principio
Nasce a esperança
Nunca houve tão escuro que barrasse o luar
Miro acreditava em reinicio
Como no engatinhar de uma criança
Há regência suprema nas cinzas
Mestria, flores e frutos a primavera
A vida e a morte moram nas mãos de Deus
Cujas ordens foram; "Vida comece! E vida! Jamais termine!"
Poesias d'cores e doces frutos a tornam mais bela
Pode sim dizer aos quatro ventos Miro
"Ninguém d'ste mundo deveras Morreu !!!"
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Miro no Reino Fungi (Prt:11)
"As leis supremas de Fungi"
Sem limites emana
O fogo livre
Ao encontrar as chamas
Se rende as cinzas
Soberana à instiga
perene, busca!
"A nação de Fungi
Proclama;"
-A vida suprema
-A morte invicta
-Os dias observados
-As noites efêmeras
-Os sonhos suscito's
-E, o tempo respeitado
-Sabia a loucura lúcida
-Tolo o mestre insensato
-Banido o desatento
-Ao aprendiz o recomeço
-E, ao anseio mais vida
-Para cada lógica, confirme-se o fato
-Cumpra-se o desconhecido alento
-Aonde bate o coração, moram os apreços
"A ordem suprema a ser executada;"
-O preparo q'determina o momento
-À luz que alimenta a vida
-O amor quando verdadeiro
-O julgo e a redenção dos sentimentos
-O desejo superior que fustiga
-O ardor que suscita o herdeiro
...
Enquanto Miro ouvia o decreto
Suavemente Fungi se escurecia
Relampeja o horizonte
Sente então que seu momento está perto.
Nasce um novo homem, após viver uma poesia
O sol se abre é o olhar escala os montes.
Miro no Reino Fungi (Prt;12)
Adeus Amena...
Não querer acordar
(é culpa dos sonhos bons)
O que ultrapassa o olhar
Dita régia a escolha do tom
Soube Amar? Na solidão...
Da alma, encontraste o paraíso
A serena sintonia, rima a canção
Adeus? Nunca fostes tão preciso!
Amena, "onde estou?"
-O palco en'cena desolado!
Apenas o enredo e o ator
Seguem casados...
Antes que, se descubra
O homem ama!
No reino das gigantes saúvas
Um corpo encontrado, quase sem vida
coberto por gramas.
Na ausência, o homem ama
A alma reage a angustia
Na inércia do ardor o homem sonha
Mesmo morto não há morte
Juras proféticas do amor.
A esperança é como a aranha tecelã
Toda vez que um homem estiver aflito
Verá brilhar nas trevas, o sol da manhã
O coração Miro" D'todos", é como se fosse um labirinto
Não há fuga, paradigmas
Os anseios iguais...
Para que conheçam de si mesmos os enigmas
Receios que ferem os imortais
Amena, "A paz de teu amor
Me deste a eternidade"
Adeus, é a saudade, que fica
Eterna é a lembrança
q'vence a distancia
Em seu calor...
O céu em Fungi, se escurece
Como o sonho antes do fim
Nos braços de quem ama
O pranto derrama a dor
"A morte não pode leva-lo de mim!"
No reino dos homens
Está a sua realidade
Plateia de todo um céu
Assentados admiram
o mesmo horizonte...
Dentro d'cada limite uma saudade...
Amena, quase não há vejo mas....
Miro no reino Fungi (Prt;13)
Miro, é devolvido!
-Suspira quase imperceptível
As difusas imagens se aglomeram!
Depois de alguns anos em Fungi
Houve apenas [alguns] dias por aqui
Milagres não são, impossíveis
Não há viúva de Miro na terra
Nem existirá também no porvir
Lágrimas são sutis ao passar
Por teus lábios e se perdem
Mediante o brilho deste sorriso
Miro viu naquela dor o amor
Infinita tristeza tem a beleza do mar
E a bravura dos rios que o perseguem
-"Sincroniza o destino, o momento preciso
Miro no colo de sua esposa acordou"...
Quando viu a grandeza singela
Capaz de reconstitui as cinzas
Devolver aos campos as flores
Transformar o outrora deserto em primavera
"Descobre Miro, existe muito nas menores coisas da vida"
A beleza excelsa da mão que une as cores
É, a esperança no olhar de quem nos espera
Miro no Reino Fungi (Prt;14)
As lágrimas de um renascido!
Por traz de todo o medo
Se protege
Do ser, cada segredo!
Estes se medem,
Pela sua solicitude
Antes que se encerrem
As cortinas do palco
Pede-se satisfação, para completar a virtude...
No fim do show à vidas incompletas
Existem anseios por fazer
Parte da vida, insiste deserta
Quando às margens estarrecidas
A alma recusa, se render
Quem conheceu a profundeza
Da intimidade de seu temores
Se batizou nas aguas geladas
Aonde as faltas suscitam as incertezas
Os medos dessa vida, são admirados
Como a beleza das flores.
Ver a morte, é despedir-se arrastado
Em um segundo do tempo
Mora o ultimo desejo!
"Queremos partir, mas nuca sermos arrancados!"
No véu das santas freiras se agarram os alentos
O homem que renasce, abre mão de teus segredos
Abraçar, novamente
Repetir mas uma vez, as tentativas
Sorrisos à beira de um desmaio
Poder brilhar no olho alegremente
O sol de cada amanhecer, em vida
Amar, sofrer, renascer e recomeçar
O prazer q'se descobre após vencer cada falha
Lembranças da família, dos amigos
Lembranças de seu amor
Encontro consigo mesmo
Quando a pulsação responde lenta
Se comemora, "Está vivo!"
Na gélida entrada da eternidade
O retorno ao corpo se entrega ao calor
As lágrimas gratas, abundantes se desfazem do desespero
Tudo que temos daremos;
"Para ressuscitarmos noss'alma inda sedenta"
No vale da morte os bravos prometem
Os corajosos fogem
Os covardes se esquecem
E, os solícitos não dormem
O fim não é o fim
A morte não é voraz
Quando rios da vida brotam
O alvo é mesmo marfim
O acerto da escolha, torna eficaz
A coragem da vida em sua volta
Miro, volta da suspensão dos sentidos
A motricidade paralisa a sensação
No coma do corpo, semi-morto
Apatias corrobaram conluios
Mas, suprema é a corte do ultimo juízo
E por vida vive, a maior de todas as ambições
Por ela se chora
Se procura a saída
Por ela se volta;
"VIDA!"
...
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Miro no Reino Fungi (Prt;15)
O reino dos mortais
A vida tem suas divisas
E, seus marcos
Por maior que seja o limite
Este será o nosso ponto fraco
Ah, eternidade quem é,
Que gosta de surpresas?
Por maior que seja a fé
Nunca se desfaz d'algumas incertezas
Se não fossem os temores
Não haveria instinto nos receios
Ai de nós sem as pequenas dores
E, sem o equilíbrio que sustenta o meio
Não entendo algumas dezenas de coisas;
-Morte e eternidade?
-A frágil asa da ave que voa!
-A mentira imaginaria q'inspira a verdade!
-À presença, e a ausência
no silencio de Deus.
Este meu Reino Surreal
Tem uma evolução q'me critica
Não aceita desafio o mortal
Na eternidade de sua curta vida
Nossos Reis e irmãos
Nossas famílias
Nossos amigos
Um pequeno coração
Milhões de guerrilhas
O perdão e o castigo
Mortais, todos hão de ser
Por aqui
O que há no além? Um reino surpreso
Desafia e não há nada que possa nos garantir
Apenas o instinto q'se prepara para morrer
Duas principais coisas que não entendo;
A vida sem saída
E, a magia das coisas que não compreendo!
Isso me faz sentir mais vivo e mortal
Complexo, tentar compreender que não termino
Isso inspira uma historia sem final
Assim me evoluo
Dando continuação
como se tudo fosse um conto...
Decreto;
Miro no Reino Fungi (Prt;16)
"Eterno seja Miro!"
Estrelas e cogumelos distantes
Rochas com asas
Trevas de um azul escuro muito brilhante
Tenha o tempo também uma casa
E todas elas sejam belas
Sejam castelos
Sejam quimeras
Que o sol nasça duas vezes por dia
Em cada qual sempre mais belo
E a lua aqueça o deserto a noite
Que reine a inspiração e ao seu lado a poesia
Sejam todos um pouco louco
Um pouco de tudo
Uns para os outros
Incontestáveis absurdos
Fungi Declara Miro
Humano de mente soberana
Eterno seja no céu
E, esteja acima do inferno
O coração que no fim, o amor reclama
"Eternidade, este é Miro!"
Miro eis a sua frente a Eternidade...
Assim decreta o rei e assim proclama;
Intensidade e eternidade
para sempre.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Miro no Reino Fungi
FIM
Epílogo
Miro no Reino Fungi, é um conto baseado em uma
EQM (experiência de quase morte)
De um homem que havia desaparecido, e depois de 2 dias
foi encontrado, em uma mata, por pescadores.
que ele estava morto.
e o abraça muito, se lamenta e chora desconsolada.
que consegue chegar a superfície.
gerado dentro de si mesmo, em busca de um recomeço.
o fez se conhecer melhor, conhecendo seus mais fortes sentimentos.
e conseguiu voltar, e foi recebido nos braços da mulher que amava.
no reino Fungi.