O olhar que se pende anuncia cansaço
apontando ao distante alvo
Se retrai em teu próprio maço
as futuras fumaças de teus cigarros...
Mais fraco ainda
é um gigante por nome coração
este se pesa por amor
(se amor fosse pesado) não o era
era dor!
Dor dos pés descalços,
caminhava sobre a areia
(uma mulher feita de basalto)
Não conseguia ser sereia
Pensada palmilhava sobre o areal
as longas madeixas trazendo o ontem
Um triste olhar (para um tido final)
memórias atravessando o horizonte
Pés descalço a orlar pelo mar
pode tocar-te esta maré cheia?
Reclama-te o brilho no olhar
ao pagar por tuas pegadas na areia
Hoje o mar te ouviu
as grandes ondas se curvaram
E todo o céu lhe assistiu
é as aves marinhas te cercaram
Cingi-te por dentro
o que tens levas sobre sapatos
O teu sentir seja estes ventos
para descalça trilhar,
caminho de pedras e matos
de teu próprio mar
Eu pedia paisagem para sair,
correria ao teu encontro
mas tuas pegadas não mais estão aqui...
Maré cheia efeito de grandes prantos.
Reflexão e poesia...
Pés descalços...
Autor:
lorisvaldolopes.blogspot.com.br
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