Fui ver el'burro... estava no pasto
...Este estava verde e abundante
O burro estava com cara de ingrato...
(Ruminante inconformado) olhar distante
Ei labutário o quê te afliges?
O quê te empacas com cara de solidão?
Se tens alguma falta, porquê não exiges?
Se algo lhe for negado, retenhas tua prontidão!
El'burro continuou em silêncio...
Agora sou (eu) com cara de bobo!
"Quem nada reclama nada convence"
Agora sou (eu) o vilão? (com cara de ogro)
Fui ver o burro e aprendi:
Com o olhar ingrato e a cara na solidão...
Ninguém nada há de conseguir!
Remoendo ervas daninhas (abundantes) em seu colchão...
"Não quero mais ver o burro!"
(eu) Mesmo vou seguir estes conselhos
Mais quê rápido guardei o espelho
E nunca mais me vi (tão burro) Tão assim!
Eu juro! E esconjuro!
E ainda sou capaz de conjurar!
Deixei de me afastar D'el'burro
Foi quando deixei de ruminar...
Não regurgito!
Onde há abundância
Mora o desperdício
Santa mãe da ignorância
Sabemos muito pouco
aproveitar
E vamos morrendo aos poucos
se não aprendermos falar!
Aquele que muito esnoba
Nada tem para te dar!
Então não me estorva
"O burro aprendeu falar!"
O quê não me serve
Incomoda!
Se o silencio me persegue!
Sempre haverá quem me roube...
Deixei o ser (burro) E voltei...
Para a justa razão dos meus fatos
Uma ultima vez o avistei
Estava livre correndo pelos pastos!
Fui ver El'burro....
Autor :
Lourisvaldo Lopes da Silva
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