Palmilhas descalço
Esta pele encrosta
Águas salgadas jorram deste basalto
lágrimas que rolam, palavras que voltam...
Pra quê te apressas
Desta fuga o ferido
A sombra regressa
O amante abatido
"Vida é boa?" Por quem me trazes esta morte?
E tu não respondes a este ardor
Padeces conquistar, não há sorte
Lhe oferecendo graça ou favor!
A voz do forte quê se cala
Silencia até o mais fraco!
Não consegues mais amar pela fala!
Aos pés deste gigante olhas ao alto!
Guarda sabedoria a voz calada
Olhar sedento contra um coração!
Guardando tua força para a escalada
Por falta de amor, foges deste chão
Há mulher ingrata em teu caminho
Há quem te abraça!
Há quem não quer chegar ao teu ninho
Amando e amando, outros tantos maltrata
Talvez sejas forte como a formiga
Quê o vento, joga de um lado pro outro
"Ainda exibes tua bandeira pesada para cima"
Há quem considere quê todo o teu amor seja menos que o pouco...
Árduo amor, quanto mais me aproximo
Mais de mim se afasta!
Porquê me visitas em sonho quando estou dormindo?
Para zombar de minha intemperança
Destes garantia, a farta, é apenas a minha esperança...
Árduo amor
"Me deixe seguir em paz"
Pôr favor!!!
Me levando junto, não me deixes para traz!
Amar nunca será um mar de rosas...
Amor não se explica e isso muito incomoda...
Árduo amor
Autor:
Lourisvaldo Lopes da Silva
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