Poesia infantil (Série Fazendinha)
3-20

Murilo, e o esquilo Lilo.

Murilo (era teimoso)
Mas o esquilo Lilo

Não!

Era só um pouco,

mais guloso.

De tão guloso
Que ele era.

(Era ele)
esquecido.

Cadêêê?!? ...
"Vixi" Ele esqueceu de novo,

Aonde tinha escondido (???)

"A semente de pinhão!'
 Que é muito maior e mais esperta,
Quê a de arroz e de feijão, 
e mais difícil de ser descoberta!

Mas murilo não desistia

De às ajuntar.
Mesmo quando não sabia
"Aonde elas foram parar?"

Lilo tinha uma vantagem
(era bem pequenino)

Murilo tinha uma desvantagem
(Era pequenino mas não era esquilo)

E menino não sobe
em árvore alta.
Apenas quando dorme
De menino para esquilo
Ele salta.

Murilo no sonho
Se chama Lilo
E ...(é um esquilo).

E, o esquilo no sonho
Se chama Murilo
E ...(é um menino)

Agora quem
ficou teimoso
fui eu.

"Para descobrir quem é mais guloso
E qual deles mais comida escondeu."

"Debaixo do colchão
de Murilo
Ele esconde balinhas!
...(um pacote inteiro)

eu que encontrei, escondido."

E, ele disse que não tinha!!!

E, faz de conta quê não sabe
...Com cara de quem apronta.
Fingi estar dormindo
(e o pacote abre)

 

"Esquilos e meninos
têm muita fome.
Pôr isso pensam muito no futuro
Mesmo dormindo
Sonham quê comem...
Em um lugar muito seguro.

Murilo teimoso
Não conta pra ninguém
Este segredo.

O esquilo guloso
Idem.

O dia todo Murilo ajunta
Nozes e Pinhão.
Mas não termina nunca
A sua coleção.

Porquê o esquilo
É mais ligeiro.
E esconde tudo dentro do chão.

Mas nunca se lembra, 

"É o quê dar ter muito pressa."
 

O pai de Murilo nunca soube
Quem plantou tantas nozes
E pinhão, pela fazenda.
E como o seu filho cresceu tão depressa.

Hoje a fazenda
 se parece com uma floresta
 (de balinhas e doces)
Murilo é teimoso mas lembra
só que não conta não
do segredo que tinha debaixo do colchão.

E o esquilo Lilo
Também não lembra
Do que tinha escondido
no chão.

O menino, O esquilo
e a natureza tem pressa.
Só se lembram quando florescem
que foram eles, que plantaram tudo aquilo!

Fim.

(Lourisvaldo Lopes da Silva)