A solidão que, não deveria existir...
Do céu intenso d'um azul infinito
E, nele a nuvem branca, sozinha.
O choro calado enquanto caminha
Do brilho n'olhar que se curva enfraquecido.
A mágoa do crepúsculo, passageiro
que se cobre de púrpura, mas logo escurece.
A noite sem lua para o cancioneiro
e a ausência da musa que o envaidece
A flor colhida morta na mão
E a solidão dos longos cabelos.
O amor sem sentido na vida
e o coração que sonha em silencio.
Dás palavras que não compreendo
e da voz que sinto tanta falta!
Da outra em seu lugar, que me abraça
E, da longânimidade do tempo
que nunca passa
Do vã esforço, do bom amigo
e da ousadia de um outro amor.
Da alegria pura e inconfundível
que hoje, se sente acamada de dor.
Não deverias existir solidão
que fosse maior, quê o que sinto!
Mas a solidão não é minha "é dela"
e ela que arrebata a luz e sorve o clarão
Não deveria existi-la, não assim
tão longe de mim.
(Lourivaldo Lopes da Silva)
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