Não conheci, o bicho papão...
Nem à mula sem cabeça.
Não presenciei a raiva do João...
Nem a tristeza na tarde de sexta!
Nunca conheci o que pensam de mim...
Não tive à coragem alheia de me julgar...
Não tive à coragem alheia de me julgar...
Quando criança, evitei um homem,
tinha fama de
se transformar em lobisomem,
(seu Joaquim)...
Pés em terra firme, realizam meus encantos (de grande mar)
( Só ouvi falar, não quis, seria impossível encontrar)...
O curupira e o pai do mato...
O boto encantado...
A recompensa de um ingrato...
E a certeza em olhos calados...
Dás muitas coisas que amei pôr medo:
A sorte, para quê me afaste a morte!
A boa resguarda de um segredo...
"Um único Deus", lhe contei meus receios,
( é ele me fez forte!)
O medo de partida súbita de todos o maior...
Este me apaixonou pela escrita...
Deixar aqui, o quê extrai daqui, quando me for só!
Do meu corpo moribundo, sobrarão páginas tão
bonitas!
O meu medo de pensador...
Era que me faltassem palavras...
O meu medo do amor,
era que me arrancassem a alma...
era que me arrancassem a alma...
"E me sobrasse apenas a dor!"
Nas vias dos medos...
Não quis arriscar...
Nem guardar meus próprios segredos ...
Nem tampouco amar os medos,
e acerca deles
vou-me-indo, a cantar!
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
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