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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017




Não me peças segredo, Ó silêncio!
Nem desassossegos me imponhas
Enfadas minh'alma e proíbe-me o alento
Mas me embriagas dessa peçonha

O Medo não conhece esse caminho
Se rompes as grades deixe me ir!
Não sangra a rosa em seu próprio espinho
Mas morre a ave do céu, impedida de subir

Coloque-te em minhas mãos
E tente retê-las o tremor
Das ânsias acorrentadas a lição
Pesos da vida deste insuportável ardor

Em silêncio escrevo,
Ma sem intentos de ousadia
Apenas um poema de exagero
Que sem palavras, morreria.


L.L.S

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