I- O primeiro experimento
mais ansiosos, aguçando ainda mais suas impacientes perjúrias.
"Já vou vos explicar o suspense anunciado!"
Nos pedirá que leia ou que vejamos? Um falava pelos demais presentes.
Bom vos digo que toda a engenhoca
e de formas, ações E reações inexplicáveis.
Caberá e satisfará a cada um como o próprio entendimento da mesma.
—Não consegui pregar os olhos essa noite! (ofeguei recompensado)
Ao iniciar a introdução do invento, todos os olhares me cobravam concentração,
eles estavam curiosos e, eu estava claramente abatido pela noite de sono perdida.
—Se quiseres descansar –Diga-nos! —Voltaremos mais tarde.
Disse um deles, e dava pra se notar o tom de decepção e enfado vindo de suas palavras;
—Melhor que estejas bem, para que nos ofereça com clareza o que dizes ter!
-eu pude enxergar (imaginando-me) como um sonambulo que conhece os caminhos aonde pisa,
e entendi perfeitamente que este e mais alguns, se fossem embora não retornariam mais.
—Pode ser! —talvez seja melhor mesmo eu estar bem descansado
—O invento é engenhoca de difíceis tramas -E pode ser que eu me perca, e vocês não
consigam vê-lo em ação.
Perdi a motivação diante daquele cansaço, mas me mantive invicto e seguro diante
das razões que tive de convoca-los até ali.
—Adianta-nos algo acerca do mesmo! Disse-me o gênio do grupo,
me senti intimidado por ele, "bom! Teria uma breve chance de provoca-los o retorno."
E fiz assim, levantando uma das cortinas que o escondia,
para que julgassem entre eles, diante da silhueta e volume disforme,
a aparência final e a serventia do mesmo.
(que parecia querer saltar de súbito aos olhos deles)
—O que é isso? –e o quê é capaz de fazer?
—Só vos peço duas coisas, a primeira e que voltem amanhã nessa mesma hora—
e a segunda é que não duvidem de vós mesmo.
–ESTE INVENTO É PARA CAUSAR ESPANTO ACREDITEM NISSO.
Depois que se foram, tranquei a porta e me diverti muito com a curiosidade,
que eles levaram com eles. Alguns voltaram com muita raiva amanhã
e outros com muita sede de conhecimento. Tomara que tudo saia como o programado.
Ela estava pronta, já havia a testado em mim mesmo logo ficaria sabendo,
se ela funcionaria com outras pessoas.
(Magic Tale) A ENGENHARIA TRANSCENDENTAL DO HOJE
II- O TRANSPASSE ARESTA
Então chegada a hora para a apresentação, da antes, e agora não menos intrigante
maquina desconhecida (até o momento)
Nessa segunda oportunidade de apresenta-la,
antes que eu a iniciasse me vi tentando a criticar os presentes,
os mesmos e mais alguns, que os esperavam do lado de fora;
—Me parece estarem cerceados de vosso intelecto hoje!
Um deles ousa culpar-me em afronta, mesmo assim deixam espairecer um esperançoso receio,
torcem alguns e outros não, para que tenha valido a pena a insônia de discernimento
que os fizeram rolar, sobre vossos conhecimentos e prepotências a noite toda.
"Tentando em vão"
adivinhar sobre o que E o quê seria tudo o que eu havia proposto vos revelar.
—Fico feliz que estejam todos aqui. –sem receber deles a mesma satisfação,
silenciaram-se todos os presentes.
—Muito bem aqui está ela; –A MAQUINA TRANSCENDENTAL DO HOJE.
Ohhhhhh!... De inicio ouvi um suspirar de espanto, que logo foi quebrado por risos,
e gargalhadas incontidas.
—Isso é o quê mesmo!?!
–foi essa a única e repetida pergunta que conseguiram terminar,
interrompidos sem conseguirem reagir ao próprio sarcasmo, que transformara
minha intenção cientifica e surrealista em um espetáculo imperfeito aos olhos
de juízes sátiros
—Já vos disse uma vez e depois dessa não mais vos repetirei;
"ESSA É A MAQUINA TRANSCENDENTAL DO HOJE!"
Foi inútil, eles estavam mesmo entorpecidos (e eu não sabia ao certo o motivo)
Um deles conseguiu se recompor um pouco mais que os outros e atiçou-os
ao escarnio mais uma vez dizendo-me;
—Tua invenção é um abajur de penas que está a chocar papeis em branco?
-E continuou;
—E aquela gavetinha entreaberta (tens algum gnomo ali a nos observar?)
Naquele momento o odiei, estavam todos elucidados a me contestarem, e precisei agir
rápido para que não perdesse aquela chance de chocar o mundo com minha inventiva descoberta.
—(seria este mesmo a primeira cobaia entre os presentes para o desrespeitado experimento)
Em um momento de descuido dele, tomei a sua mão direita e o arrastei rapidamente,
até a pequena abertura no invento (a mesma) que ele chamara de gaveta do gnomo.
Na verdade ela era uma abertura para o desconhecido dentro de cada um,
que dei-lhe o nome de TRANSPASSE ARESTA,
quê logo a frente todos saberiam o motivo.
Porquê agora neste exato momento essa involuntária cobaia está fora de si
e a lua de vidro no que ele dizia ser um Abajur de penas
cintilava luzes e disparava trevas sozinha que se dissipavam a meio metro do mesmo.
E isso era nítido e bem transparente aos olhos de todos.
Enquanto todos estavam pasmados e atônitos da habilidade desacreditada da minha invenção,
eu comecei a relatar-lhes em detalhes, o que era aquela engenhoca de aspecto tosco é primitivo.
E agora diferente de poucos minutos atrás, eles estavam com medo e tomados pela
curiosidade de conhecer a tal engenhoca que conseguiu segurar sozinha o corpo e a concentração,
de um dos maiores gênios e com certeza o maior alquimista presente ali.
—Ali aonde está a mão direita dele é a introdução a essa engenharia meio maluca
Anunciei-lhes a desacreditada em questão;
—Bem vindo senhores ao inicio dessa ciência transcendental,―
*TRANSPASSE ARESTA*
e também o primeiro passo para o aprendizado e operação da mesma.
Logo me encheram de perguntas –Uma após outra–Uma mais confusa que a outra–
Estavam loucos de curiosidade os de Panaceia julgaram-na;
—Isso é bruxaria! E os incrédulos preferiam apostar que havia ali
algum tipo de droga de efeito imediato. Ambos tinham um ponto em comum,
queriam saber tudo a respeito dela, e ansiosos para ouvirem a inerte cobaia ao despertar.
[...]
Trecho do Magic Tale;
A ENGENHARIA TRANSCENDENTAL DO HOJE
Autor; L.L.S
Nenhum comentário:
Postar um comentário