O verde que cobre a terra, tem árdua liça
Teus olhares lívidos encontram os meus, atônitos
Admiro-a! Ao ver desabrochando uma flor noviça
Perene ressurge bela! Tens vós maior louvor que o próprio campo
Meu corpo todo é um recanto de solo agreste
Meu coração gigante foi dantes uma única rocha
Meu amor era um solitário jardineiro sem primavera
Como explica-lá-ei brotando? Tão forte em mim, Vistosa!
A natureza é um vestido de rendas
Por alguns lugares eu vejo a terra nua
O mar que alguns segredos venda,
E desvendado pelo clarão da lua
A noite púrpura no horizonte é bela
E o ocaso tem a leveza d'um amante breve
dono de um pequeno tempo, apressa-se enciumado...
Eu gosto dos vestidos escuros que ocultam nela
Sua beleza tímida, e suas curvas leves
Entre as cores púrpuras de teu bordados...
Sou o crepúsculo que separa os dias
E a penumbra que tenta esconde-la
Mas, ela é tão bela a noite, que irradia
E na luz do sol não há como despercebe-la
Me diga ó Deus, o que fazer?
Cresces em mim uma infinita flor
Vendo-a assim sozinha, eu me sinto triste
Tão frágil ela... Precisa do meu amor!
Se tu a preparas (mas) não pra mim
Nada me impede, que eu seja dela...
"Pode ser Senhor [...]
Que n'outro dia, tu me coloque ali
E eu estarei pronto para cultivar este amor
tão raro, que sobrevive apenas ao esperar por ela."
L.L.S
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