― Como hei de passar pela vida,
sem nada ser?
...(Em silêncio desolado eu me calo)
― Impossíveis é o que penso ―
"Lançado a um inatingível resvalo que se perde de vista!"
― Quando terei eu, visto o bastante?
...(Meu olhar nada escolhe nem mesmo quando se fecha)
― Não posso e não consigo esconder o que me invade ―
" Será! Que eu me sentiria melhor do lado de fora de mim mesmo?"
― Me mudo por algum tempo, pra fora de mim mesmo, mas sem muito me afastar...
"Porque os animais fogem do que eles sentem medo?"
― Eu me sinto culpado, por quais crimes? Os que ainda que não cometi...
Quando me vejo, amando sem causar feridas e sofrendo a cada despedida.
Manhãs de brumas perturbam segredos
O homem que não se confronta é refém dos próprios medos...
― Não existe amor de verdade nos corpos! (é o que penso)
Quando imagino a alma humana perdendo o seu valor,
de que servirá-me um mundo inteiro, sem um til sequer de amor?
― Caminho pelas entrelinhas, e me lamento entre lacunas d'uma obra semimorta.
(Mesquinho homem que sou) Disso eu me convenço!
― Jamais conseguirei esvaziar nem mesmo a minha própria mente...
Nem sequer a adentrei e já pensando em desistir,
sofrem os sábios às dores das sementes...
Precisamos lutar no ventre de nossas inquietudes,
se quisermos conhecer as maravilhas porvir!
"As brumas se foram o dia novamente se abriu,
mesmo sem ser, se faz, um nobre fidalgo todo aquele que de si mesmo
por todos que o cercam, nunca desistiu."
L.L.S
Nenhum comentário:
Postar um comentário