I
Se tens medo, não tens alma
(Se queixa coragem) quando presa.
Aterroriza a morte! Lenta e calma...
Teu ímpeto deve ser rijo e teso.
O vulcão dorme em seu ardor!
(Justifica-se) em exímio embalde,
O homem sonholento, q'nunca acordou
Tão pouco que vive, tão pouco que sabe.
Toda quimera tem aversão a fracos
Tal incrédulo, Tal o seu pavor
Amortece a queda os que voam baixo
Bravo quem de si mesmo é senhor
II
Ao longe um homem caído
Antes que me aproxime, se levanta
"A cura deve perseguir o ferido"
(E o que penso) Por que ele insiste e anda?
Uma mulher! Sozinha e soberba;
― Prefiro ser assim! Ela me responde
Acerca d'um amor eterno, em incertezas
tão só e vasto, se entrega ao horizonte.
Nenhum deles sentem medo algum...?
(Exceto) a criança orfã que dorme na praça
Cozendo sonhos as margens de seu debrum
Ela se assusta, Desperta, Corre e me alcança;
III
Moço e o senhor, quem és?
Meus olhos são duras rochas
Calcanho o mundo aos meus pés
Sabe seguir? Vais e não haja volta.
Pode criança permanecer em seu passado!
"Todos os motivos frouxos acalentam
Não se liberta retendo-o, onde fostes condenado."
Esse menino, seguiu mesmo em tormenta.
Os nobres cercaram seus filhos!
A guarda real, não é fantasia
Liberdade, reluta no olhar em forma de brilho
Fosco é o rei que não rege a própria utopia.
IV
A coragem deu ao medo
Motivos para fugir
Muito forte e fiel, é o desejo
De jamais desistir.
L.L.S
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
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