Pequena
Lacaia vida! ...Em teu palco en'cena,
Meu olhar herege, surpreso
que de ti não se desvia...
Até ver-te surgindo flor,
num céu de azul alento.
Observo-te! De um condor,
que caça, as primeiras horas de seu dia.
"Mas não sabe ela!" (Apenas reinventa)
nunca outra igual, foi que ti, mais bela.
Enlevo-me em teus cabelos,
como se fosse o vento, rebelde
que viaja pelas sendas.
Quase não vejo flores, estás longe?
Primavera!? Por isso o verde pede-te cores
(minha pequena) "Não prolongues à nossa espera."
Mas na densa cortina
se fecha, e só, por um instante se esconde.
E quando volta, já crescida menina
na luz da neblina aparente
se aproxima,
parece-me nunca tê-la vista antes?!
D'certo levaste-me também, criança ainda
Pouco lembro-me de ontém
Se novamente vê-la sorrir
Estranho? ...Sabe minha pequena,
como crescestes tão rápido?
E tornastes-te mais linda!?!
Reservei-me à sentar bem a sua frente
Desde que ao mundo fostes anunciada,
e não desvio de ti, o meu olhar.
Todos a assistem, mas eu tenho-na amado.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
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