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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

À morte da laranjeira



...Havia me esquecido dela
Me lembrei quando a vi morrendo.
Mas não! Não podia ser ela!!

"Laranja é uma fruta
Mas Laranjeira não!"
Laranjeira é criança crescida,
(quase adulta)

Laranjeira gosta de se divertir
com meninos à sua sombra.
Sab'aquela que vês morrer?
Ela, um dia foi assim...

Abajur de folhas verdes
Com lâmpadas alaranjadas.
Para desliga-las ou matar a sede
precisávamos de escada.

"Uma gigante roseira
-carregada de pequenas flores.
Grandes e fortes espinhos
-Como se fossem de brincadeira
(Sua intenção não é causar dores)
Mas nos ensinar desvelo e carinho.

A cidade cresceu
-E o que a Laranjeira ensinou?
Quem foi atento aprendeu.
Mas bem depois ...dela se esqueceu!
...E o tempo passou.

Agora olhando pra ela
Me sinto triste.
Por uma pequena dúvida
que ela não me respondeu!

Agora vendo-a partir
me pergunto;
Quem está morrendo?
"Ela ou Eu?"

Um ultimo galho seco dela,
cai no chão...
Um graveto chuta à minha canela
"Tá aqui ó a sua última lição."

Ai! Som de verdade quando dói
-por dentro da gente corroí!

(Há quanto tempo não vejo meus amigos de infância)
Precisavas morrer Laranjeira? Para me despertar?
Dorme o homem sob o colchão, de suas lembranças.
E quando sonha deseja acordar...

"E quando acorda sente saudade
E saudade é movimento
de quem deseja e vai realizar."
Uma viagem de volta ao passado,
para não perder seus melhores momentos.







(Lourisvaldo Lopes da Silva)

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