Pesadelo
Pela primeira vez ouvi os tremores
Boatos oniscientes da mortalidade, humana.
O relutante céu e seus resplendores
Tomaram-me de ímpeto a mente insana.
Não há nada lá fora, que me contente
A chuva que o meu corpo arrepia,
Trazem raios que despertam, medos latentes
Sei! Que não seja hoje! Morrerei um dia...
Ó céus não me aborreça mais!
Se podes à tudo destruir, o faças.
A voz do trovão ameaça a paz
Que pela escuridão, dispersa esvoaça
Em um canto de amor qualquer,
Descobrimos juntos a origem do orto
E, que do medo também nasce a fé.
Que sejas este ao meu lado o último rosto,
A me envolver na solidão.
Depois que se acalmar, lá fora iremos,
Nos despedirmos dessa escuridão,
E, bem mais forte que antes, viveremos.
L.L.S
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