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segunda-feira, 20 de novembro de 2017


Grita

Tão ousado ruge o ímpeto
Grita! A alma arrebatada
Sendo dona de momentos
Onde tudo usurpa ao nada

Ânsias céleres, tenho pressa
Consome o tempo as certezas
Desse ardor q'impaciente espera
Pesa os vindos e vão-se em levezas
  
Cintilantes e ambiciosas flâmulas
Abrasam todo o meu corpo
Que vive de tudo o que reclama
Grito! Possa ser; Que esteja louco!

Ou queiras apenas, desabafar
Sabe, a dor de não viver não se extingue
Adoece-me, poder, e não falar
Na certeza do hoje eu me vingo  
  
Da mordaça silenciosa
Que aprisiona os meus gritos
  


L.L.S

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