Aos Bardos do jardim secreto,
meus bons amigos, hoje vos escrevo;
Perdoem a minha ousadia
irmãos meus.
Nem sequer sei, a vós mesmos ser,
Tão nobres em poesia,
Um dom de deus
É este o vosso de escrever.
Minha sincera vontade,
era de estar ai pessoalmente para vos falar.
Mas reconheço,
Que nem tudo posso,
E talvez não mereço
Na vosso benigna presença, estar.
Mas isso não refreou, este ousado
A incomoda-los, ó príncipes do amor.
Que desde já reforça, seus pedidos de desculpa.
Perdoem-me por não me conter, admirado.
Mas minha gratidão, não se cala, e em mim reluta
Tal qual ferido, a beijar as mãos que aliviaram sua dor
Vos escrevo em meu nome e no nome dela!
Lembrai vós dela? Por qual vestes-me sofrer,
sem tê-la, condoído e sem esperança alguma?
Sim! Meus nobres amigos Bardos,
Desde aquele dia, em que alimentado fui,
por vossos versos de amor.
Fui como a ave, repousando entre ocasos
Seguindo por este rio que do meio de vós flui,
Há uma certa altura do caminho,
ele contornava os espinhos dessa desejada flor.
Hoje eu creio na fantástica ilha
Dos amores prometidos.
Que por todos os vossos olhares
eu presenciei brilhar, apontando em todas as direções
me disseram ser possível a ela chegar.
E realmente foi possível, eu a reencontrei.
Como sonhei assim se cumpriu.
É por não desistirem de vossas poesias
Que vos escrevo hoje essa minha gratidão.
Irei revê-los em breve, e ela vai ao meu lado
(também está ansiosa para apertar-lhes as mãos)
E pessoalmente vos dizermos obrigado.
Ah! Caros amigos, sob a influência e inspiração
de minha amada, estou aspirando ares de poeta
e talvez quando nos revermos, já serei um de vós.
Sem mais ousar, me despeço
Não que vos falte, vos desejo paz.
PS: Nos sentimos bem mais felizes agora,
tendo vos informado que estamos bem.
Atenciosamente,
L.L.S
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