Sobejas
Mesmo frágil, a planta desfolhada ainda vive
temos raízes cravadas, e nossos rebentos sonham flores
a semente do amor é um pequeno grão quando sonha, sozinha
querendo ama-la percorro o caminho de volta,
de teu corpo macio, desejo-lha surgir n'alfombra.
O deserto não sobrevive aos campos fartos,
foi a saudade um jardim de lembranças
nem mesmo os sopros da solidão apagaram teus rastros
meu amor espreito respira a tua sombra.
De costas pro mar o horizonte anoitece
cheiro de terra aromada desperta a aurora
ao sol das manhãs de primavera, floresce
e deste amor que ti despedes, fica
este amor que ti devora.
L.L.S
Nenhum comentário:
Postar um comentário