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sexta-feira, 12 de maio de 2017

(Elegia) Ao meu amor entrego



Ao longe! Tão longe
 perco-lhe, minha alma
Na calma linha, triste 
repousa no horizonte.

Quais asas são fortes? 
Não são minhas! Já cansadas,
E sem tê-la na luz caminha. 
Qual pesada nau de grande porte.

Alguns versos fadado, 
estou amante, de morrer ao léu
Encontre-me antes, meu céu
é noite densa, q'sofre escura aos fados.

Deixe minha voz, 
chegar-te aos ouvidos.
Sem teu olhar alegre e vivo, 
ofusco, me afago ao sol. 

Oiça o quanto à amo! 
Em quão distante talvez o sinta
Em silêncio, e de dor aos gritos, 
ardente amor, por ti reclamo. 

Se teu brilho ao mar clareia
Teu perfume é o jardim das ilhas.
Lua negra que oculta brilha
Em tua voz ouvi sereias

Na brisa de teus suspiros frios
Tão bela acalenta às flores
São teus sonhos, quimeras cores,
Quisera eu, tê-la neste alvedrio 

Neste paraíso, dos desejos teu 
Jaz às portas, todo o amor meu
Livre-me agora deste pesado juízo
Antes que a culpem, por ess'alma morta

Tendes hoje o poder da vida
Não me mates! Em tuas mãos entrego a minha,
Eu me recuso! Deixa-la tão sozinha,
Nas sombras d'teu amor, viverei a buscar guarida.



L.L.S

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