Os lugares, que eles iam eram os mesmo frequentados por
qualquer outra pessoa. Alguns os observavam curiosos;
― Daquele outro lado deve se ter uma visão melhor que deste!
E uma vez ou outra quando chegavam, havia outras pessoas
no lugar, que eles sempre se sentavam, para verem o Pôr do Sol.
Màs como sempre, eles demonstravam completo encanto em qualquer
lugar que ficavam. Isso inquietava muito as pessoas, e alguns
casais que tinham o mesmo hábito de frequentar ali todo entardecer.
Como a cidadezinha era cercada de perto por grandes montanhas,
apenas ali naquele lugar, entre as duas maiores,
abria-se uma espécie de portal, uma fresta entre ambas por onde
se despediam os últimos raios do sol em seu ocaso.
E os moradores chamavam aquela praça de; Praça do Ocaso ."
A pequena praça receberá esse nome,
por ser a única em toda a cidade de frente a este espetáculo
e por tal motivo tinha seus bancos disputados pelos apreciadores
da natureza que iam ali para admirar a ultima revoada das aves.
Pelas rodas de amigos que se encontravam por lá, quase todos os dias
estes apenas conversavam e algumas vezes levavam violão
e ficavam por ali até tarde da noite, se divertindo e cantando.
Mas havia também os casais de namorados
(e um desses casais) é
Rafael e Camila.
Logo ao vê-los surpreende-nos a tenra idade dos dois,
que em nada os diferenciam dos demais em maturidade e certeza
com relação ao que sentem, um pelo outro.
Mas, ao contrario disso, com o habito frequente que eles tinham
de ir ali, todos os fins de tarde, e a maneira contagiante de se expressarem
um com o outro, se misturava a beleza daquele Pôr do Sol.
Um cantinho mágico em meio a inesquecível paisagem
(era o que parecia aqueles dois)
Uma senhora um pouco impaciente (penso-eu) por não se sentir
tão desejada assim, por seu companheiro,
que os observava atentamente, se indignou ao nota-lo ausente;
― Você me trouxe aqui para ficar observando aqueles dois!
"Ou para admirarmos o Pôr do Sol?"
Se ela conhecesse o poder deste lugar encantado teria vindo
bem antes e tomado por hábito frequenta-lo também.
"Pedro estava voltando no tempo ao observa-los
e conseguiu chegar ao passado, no dia em que a conheceu."
(E sentiu saudades daquele tempo)
E quando voltou destes ensejo não ficou bravo com ela
mas ao contrario (sorriu) se lembrou das primeiras brigas
entre os dois no inicio do relacionamento, e como isso
os rendiam maravilhosas reconciliações, que sempre terminavam
com beijos, abraços e trocas de carinho.
Assim que olhou-a no rosto já repousava no horizonte
o ultimo raio de luz do Pôr do Sol, logo atrás dela
como se quisesse a esconder dele, a sombra do entardecer a cobria.
E antes que o sol se escondesse completamente
ele a virou de frente com aquela luz antes de sua penumbra
e disse-a olhando a no rosto;
― Você está cada dia mais bonita!
Dito isso, a abraçou o Sol não pode testemunhar
o renascimento daquele amor e nem do beijo ardente
que veio depois, mas a noite e alguns curiosos ali em volta sim.
E, são verídicas as historias de amor que nasceram/ou/renasceram ali,
de repente em um lugar qualquer, descobrimos
que o momento perfeito assim como o lugar perfeito
somos nós, que o criamos
E quando estamos juntos ele passa a existir.
Fim.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
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