―Memórias de um Poeta―
Carrocinha
O burro Bulengo -é- preguiçoso!
Ele gostava mesmo era das sombras
às margens do córrego moroso.
Se sente calor ele banha
Deitava na água, acreditando
ser dono do poço...
De Burro? Não tinha quase nada!
*Quando não concorda empaca*
Passavam o dia todo esperando
"Só que ele não passava"
Cana doce e descascada ele acompanha
"Bem macia e doce até no cheiro
sendo assim, o Burro Bulengo aceitava barganhas."
Quando o compensavam, caminhava o dia inteiro.
Passávamos antes no fundo do quintal
Na moita de cana caiana
― Só assim a gente o engana,
e vem atraindo ele pela estrada.
Debaixo da figueira
Reinava esquecida, a velha carroça
Foice velha, e Machado sem cabo
(enferrujados) observam;
― Lá vêm arte! ― Lá vêm as crianças.
E Bulengo entrava na brincadeira;
Rede vazia o vento balança
Casa de palha, palhoça
Bulengo cavalinho pequeno
Ao lado da figueira a boca adoça
"Anda logo aproveita o embalo
Pega o arreio da charrete
E joga no lombo do burro
Vamos pra roça todos juntos!"
(Gritava Pivete)
Dizem que, "Farta, à roça de leras
dormia um sono profundo enquanto o fogo ardia
E despertou em meio as cinzas...
Melancia, Abóbora e Bananeira
E viu a natureza compondo às poesias
que ao mundo todo fascina
O Burro Bulengo
Se sentia o rei da fazenda.
...Quantas caixas de frutas?
Dez ou quinze não me lembro...???
Só me lembro das aventuras
na carrocinha à caminho da venda,
como se estivesse revivendo...
L.L.S
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