DEBRUM
Nas entranhas do tempo ouvi-te
sazões alucinados ao relento e glória
Destes entenebridos, argilas sôfregam
arados, ― Deste-nos o bravio algoz!
As penas estafas são mais leves,
e os uivos penumbram ao dormente.
Medita à alva, retida na fonte
quando as janelas todas se fecham.
Fez-se noite mas não, como a desejada
Taciturna debrum em último canto
Sempre pensei que estivesses ao meu lado
orvalhas, pela manhã bem cedo o âmago pranto
Quanta saudade, fere-me a mórbida distancia
D'onde vejo monturos que tanto perdi
Meu coração pálido treme ante ao pavor
Da tamanha ciência, que oculta o porvir.
(Lourisvaldo Lopes da Silva)
Nenhum comentário:
Postar um comentário