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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

POEMA


DEBRUM

Nas entranhas do tempo ouvi-te
sazões alucinados ao relento e glória
Destes entenebridos, argilas sôfregam
arados, ― Deste-nos o bravio algoz!

As penas estafas são mais leves,
e os uivos penumbram ao dormente. 
Medita à alva, retida na fonte
quando as janelas todas se fecham.

Fez-se noite mas não, como a desejada
Taciturna debrum em último canto
Sempre pensei que estivesses ao meu lado
orvalhas, pela manhã bem cedo o âmago pranto

Quanta saudade, fere-me a mórbida distancia
D'onde vejo monturos que tanto perdi
Meu coração pálido treme ante ao pavor
Da tamanha ciência, que oculta o porvir.



(Lourisvaldo Lopes da Silva)

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